Política

Sem foto, Odilon anuncia encontro com Bolsonaro no Rio de Janeiro

Tema central do encontro teria sido o reforço na segurança em regiões fronteiriças

Adriano Fernandes | 18/10/2018 19:28
Odilon durante entrevista no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)
Odilon durante entrevista no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)

Sem ao menos uma foto ou a retribuição pelo apoio na disputa a presidência, o candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PDT), anunciou encontro ocorrido no início desta tarde (18) com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro.

Na reunião, Odilon teria apresentado projetos de reforço na segurança da fronteira no combate ao tráfico de drogas e armas e a “custo zero” para a União. E a ser posto em prática apenas “com recursos dos bens confiscados dos próprios traficantes e das organizações criminosas”, conforme o candidato em seu site de campanha.

O pedetista também informou ter proposto a Bolsonaro a criação de uma “Frente Parlamentar da Fronteira”, que seria integrada por deputados federais e senadores dos estados fronteiriços. “Esta frente trataria especificamente da segurança pública com os países vizinhos, com o objetivo de intensificar as relações entre os países nesta área”, comentou.

Apesar da visita e o apoio anunciado ao presidenciável na disputa do segundo turno, Bolsonaro preferiu não registrar foto do encontro, explicou Odilon. “Foi muito cordial comigo e se desculpou por não poder retribuir o apoio, uma vez que decidiu ficar neutro em todas as disputas estaduais do próximo dia 28”, conclui.

O ex-juiz aproveitou a viagem para gravar um vídeo de apoio ao colega e candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PSC, juiz federal Wilson Witzel.

Disputado – Com a ascendência de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais desde o primeiro turno das eleições, tanto Odilon quanto o seu adversário na disputa a reeleição pelo governo do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), demonstraram interesse em ter o apoio de Bolsonaro no segundo turno.

A disputa gerou até representação eleitoral da coligação “Esperança e Mudança” – que apoia o ex-juiz-, por suposta propaganda eleitoral gratuita irregular da coligação “Avançar com responsabilidade” de Azambuja, que veiculou na televisão vídeo em que o presidenciável elogia o governador. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Wagner Mansur Saad.

O candidato do PSL recebeu 769.116 votos em Mato Grosso do Sul, 55,06% dos votos válidos e também representa um dos partidos mais bem sucedidos nas votações de primeiro turno da eleições.

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