Política

Sem acordo, farmacêuticos aguardam decisão de governo sobre piso salarial

Eles tentam agendar nova reunião com governo para discutir o tema

Leonardo Rocha | 18/07/2017 11:06
Farmacêuticos buscam acordo para piso salarial em MS (Foto: André Bittar - Arquivo)
Farmacêuticos buscam acordo para piso salarial em MS (Foto: André Bittar - Arquivo)

Sem acordo com a classe patronal, os representantes dos farmacêuticos em Mato Grosso do Sul aguardam uma nova reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), para tentar viabilizar o piso salarial da categoria. Eles querem que seja fixado o valor de R$ 3.748,00, para 40 horas semanais.

O governador recebeu a categoria em maio e propôs que por meio de um acordo entre os farmacêuticos e classe patronal, fosse definido um piso salarial. Acontece que não houve consenso entre as partes e os profissionais agora buscam uma nova decisão do executivo.

"Nós pedimos outra agenda (governador) e o deputado Rinaldo Modesto (PSDB) ficou de marcar o encontro para chegarmos a uma solução. A classe patronal não quer sentar a mesa para negociar, entendem que a Justiça do Trabalho é quem deve definir e não a esfera política", disse Luiz Gonçalves Mendes Junior, presidente do Sindifarms (Sindicato dos Farmacêuticos de MS).

Gonçalves citou que neste ano, o governo enviou projeto sobre o piso salarial dos advogados, que foi aprovado pelos deputados. "Por isso entendemos que é constitucional". O deputado Paulo Siufi (PMDB) chegou a apresentar a proposta, mas a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) deu parecer que a matéria deveria ser enviada pelo executivo.

Outro lado - O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Roberto Nantes Rosa, que representa dos donos de farmácias, alegou que o piso salarial não deveria se estender para a iniciativa privada, já que a mudança teria um aumento de 40%, passando de R$ 2.720,00 para R$ 3.748,00.

Ele alegou, durante debate na Assembleia, que já existe uma negociação todo o ano com a categoria e que este aumento não seria viável aos empresários. O governador havia adiantado aos farmacêuticos que o piso salarial dependia deste acordo.

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