Redução do conflito agrário marcará discurso de Dilma

Pré-candidata do PT à presidência, Dilma Roussef deve aproveitar a Expogrande e todas as lideranças ruralistas que estarão no evento para destacar a redução dos conflitos agrários obtida pelo governo Lula.

Ela se reuniu ontem com dirigentes da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), que fizeram uma série de reivindicações, especialmente sobre o compromisso do governo com o direito à propriedade.

Após o encontro, Dilma afirmou: "Nós diminuímos a pressão que havia sobre a terra no Brasil. Acredito que a gente alterou as condições de conflito". O mesmo mote deve ser repetido em Campo Grande.

De acordo com Dilma, os programas de transferência de renda e de assistência técnica "diminuíram a pobreza no campo e diminuíram a tensão".

Dilma teve um dia típico de pré-candidata nesta quarta-feira, desgarrada do presidente Lula, informa a Folha Online.

Vistoriou obras, reuniu-se com prefeitos de vários partidos e Estados, cumprimentou pessoas beneficiadas com o programa Minha Casa, Minha Vida e abraçou e tirou fotos com aliados.

Segundo Dilma, o fato de a AGU (Advocacia Geral da União) ter definido que ela pode ir a palanques após deixar o governo no fim do mês e até ser oficializada candidata, não significa que fará disso o eixo da sua estratégia.

"Não é o eixo principal da nossa estratégia de campanha. O eixo principal, quando eu vier a fazer campanha, vai ser atividades fechadas com o presidente, discussões setoriais. Eu não estou dizendo que não irei [aos palanques], estou dizendo que não é isso o centro do que vai acontecer de abril a junho", afirmou.

Antes de seguir para Campo Grande, em avião presidencial, Dilma cumpre dois compromissos.

Nesta manhã, ela tem reunião do Comitê Gestor da Política de Desenvolvimento Produtivo e uma audiência com o ministro Nelson Jobim (Defesa).