Política

Recurso contra aliança com PMDB segue para direção nacional do PT

Presidente estadual disse que executiva regional apenas recebeu recurso da corrente Articulação de Esquerda e encaminhou para a nacional; partido entra na eleição dividido em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 16/08/2016 11:08
Dirceu Longhi, presidente do PT em Dourados (Foto: Divulgação)
Dirceu Longhi, presidente do PT em Dourados (Foto: Divulgação)

Fora da disputa pela prefeitura pela terceira eleição seguida, o Partido dos Trabalhadores, que administrou a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul de 2001 a 2008, segue dividido em Dourados, município a 233 km de Campo Grande.

Oficialmente o partido se aliou ao PMDB, que tem como candidato a prefeito o deputado estadual Renato Câmara, e lançou nove candidatos a vereador. Mas na prática, os grupos internos devem seguir caminhos opostos durante a campanha.

Nesta segunda-feira, a executiva regional do partido recebeu e encaminhou para a direção nacional o recurso apresentado pela corrente Articulação de Esquerda, que defendia candidatura própria e não concorda com a aliança com o PMDB.

O grupo quer intervenção da direção nacional para garantir o ex-reitor da UFGD Damião Duque de Farias como postulante à prefeitura, baseado na resolução do partido que veta alianças com candidatos favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Para os contrários à aliança, Renato Câmara se posicionou a favor do impedimento de Dilma em discurso na Assembleia Legislativa. Damião Farias acusa o PT de se aliar ao golpismo. “O Partido dos Trabalhadores de Dourados, ao apoiar uma candidatura do PMDB, tornou-se aliado do golpismo!”, afirmou.

Ao Campo Grande News, o presidente estadual do PT, ex-deputado federal Antonio Carlos Biffi, disse hoje que o recurso dos petistas douradenses foi endereçado à direção nacional. Por isso a executiva regional apenas recebeu o documento e encaminhou para a nacional. Não existe previsão de quando o recurso será julgado.

O vereador Dirceu Longhi, presidente do PT em Dourados, disse que o partido não tinha estrutura para lançar candidato próprio e teria dificuldade até mesmo para fechar a chapa de candidatos à Câmara.

Longhi liderou a campanha pela aliança com Renato Câmara e foi vitorioso na convenção, mas existe um terceiro grupo, que defendia coligação com a candidata do PR à prefeitura, a vereadora Délia Razuk.

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