Política

Puccinelli confirma rejeição ao nome de Pascoal após investigação na TCU

Wendell Reis | 15/02/2012 13:26

O governador André Puccinelli (PMDB) confirmou na manhã desta quarta-feira (15) que o engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal foi rejeitado pelo diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Jorge Fraxe, para assumir a superintendência do órgão no Estado.

O governador explicou que na conversa com Fraxe chegou a falar que a bancada federal teria indicado Pascoal por unanimidade, mas recebeu como resposta que constavam investigações envolvendo o nome dele no TCU (Tribunal de Contas da União). Puccinelli disse a Fraxe que ele não podia ser injusto, tendo em vista que Pascoal não tinha sido culpado, mas Flaxe afirmou que não queria indicá-lo.

Puccinelli garantiu que não tem preferência por outros nomes: “Coloquem quem quiser. Quero é que me apresentem”. O governador voltou a negar que tenha se encontrado com o pretenso superintendente, José Luiz Vianna.

Já a bancada do PT alega que há envolvimento político entre o governador e Viana, sustentando que o engenheiro se reuniu com Puccinelli antes de ser nomeado. O impasse é tão grande que, segundo o deputado federal Vander Loubet (PT), Fraxe declarou que vai levar o caso para o ministro do Transporte, Paulo Sérgio Passos.

O Caso - O engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal era o indicado da bancada federal de Mato Grosso do Sul para o cargo, mas sua posse foi suspensa depois que o Campo Grande News divulgou que ele passou por investigação no TCU (Tribunal de Contas da União). Pascoal é investigado por irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, divisa de Mato Grosso com o Pará. A investigação envolve recursos de R$ 500 milhões.

Mesmo não concordando com Pascoal na superintendência, Fraxe não impediu a indicação dele para a ouvidoria do órgão. O Dnit informou que cabe à ouvidoria receber pedidos de informações, esclarecimento e reclamações, além de informar as áreas competentes sobre as questões apresentadas, propor adoção de providências e solicitar a abertura de processo administrativo

A cúpula do Dnit foi punida com demissão em processo administrativo disciplinar no dia 2 de janeiro. Na ocasião, foram demitidos o superintendente, Marcelo Miranda, o chefe do Serviço de Engenharia, Guilherme Alcântara de Carvalho, e Carlos Roberto Milhorim, chefe do Dnit em Dourados. O Dnit está sob o comando interino do engenheiro Antônio Carlos Nogueira, número dois na hierarquia do órgão, desde a demissão de Marcelo Miranda, no início de janeiro.

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