Política

Puccinelli agradece ministro por permanência do Exército contra a aftosa

Fabiano Arruda e Wendell Reis | 04/01/2012 13:31
Governador destacou número de barreiras e aumento da quantidade de combustível para o DOF. (Foto: João Garrigó)
Governador destacou número de barreiras e aumento da quantidade de combustível para o DOF. (Foto: João Garrigó)

O governador André Puccinelli (PMDB) agradeceu o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, pela manutenção do Exército no trabalho de vigilância na fronteira contra o segundo foco de febre aftosa registrado no departamento de San Pedro, no Paraguai, o mesmo onde a doença foi detectada no mês de setembro.

Puccinelli considera a vacinação do rebanho e a vigilância os principais caminhos para Mato Grosso do Sul seguir imune à doença.

“O ministro teve uma conduta espetacular”, afirmou, explicando que Mendes Ribeiro requisitou ao Ministério da Defesa a permanência do Exército na fronteira.

São 14 pontos fixos e 11 volantes que formam a barreira na região, explicou o chefe do Executivo Estadual, destacando que determinou dobrar a quantidade de combustível para as viaturas do DOF (Departamento de Operação de Fronteira) e que serão contratados 35 médicos veterinários.

Segundo André, de agora em diante, é necessário manter a vacinação em dia e não permitir que o gado infectado entre em Mato Grosso do Sul.

O governador ainda mencionou as particularidades da vigilância sanitária por conta da alta umidade relativa do ar na região do Chaco, o que faz o vírus da aftosa ter duração mais prolongada.

“Se o calor torra o vírus aqui em 30 dias, por exemplo, lá, é de 90”, ilustrou André, sinalizando que a ação sanitária, neste caso, tem de ser prolongadada.

Aftosa - De acordo com o jornal ABC Color, a suspeita sobre a existência de novo foco surgiu no dia 30 de dezembro, no mesmo dia em que foi promulgado decreto suspendendo o estado de emergência sanitária, declarada após o surgimento da doença em setembro de 2011, na estância Santa Helena.

A fazenda onde foi identificado o foco estava interditada desde que surgiu a suspeita. Ela fica no distrito de Piri Pukú, na periferia de San Pedro, que fica a 150 quilômetros da faixa de fronteira do Estado e a cerca de 340 da capital Assunção, e a 20 quilômetros do foco detectado em setembro.

Foram determinados exames, que confirmaram a suspeita. Por causa do foco anterior, o Paraguai perdeu o status de área livre da doença com vacinação, que esperava recuperar em 18 meses, previsão que agora volta a cair. Em setembro, foram impostas restrições, pelo Brasil, ao trânsito e comercialização de carne e bovinos paraguaios.

O Paraguai calcula que mais de 5 mil postos de trabalho foram perdidos após o ressurgimento da doença. A perda em valores é estimada em mais de 70 milhões de dólares, conforme o ABC Color.

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