Política

PT pode emperrar tramitação de reajuste de servidores

Redação | 07/05/2009 16:30

A bancada do PT na Assembléia Legislativa pode impedir um acordo de lideranças para que o projeto de reajuste dos servidores do Estado seja votado em regime de urgência.

A informação é do deputado estadual Amarildo Cruz, que recebeu nesta tarde mais de 10 categorias para reunião no plenarinho da Casa.

Ele informou que se o deputado Pedro Teruel, líder do PT, não fechar acordo para tramitação em regime de urgência, o projeto terá que seguir tramitando normalmente pelas comissões, para depois ir a plenário, o que demoraria, no mínimo, 10 dias.

Segundo Amarildo, o projeto de reajuste dos servidores deve dar entrada na Assembléia na segunda-feira. Pelo menos foi a informação repassada pelo líder do governo na Casa, Youssif Domingos (PMDB).

Assim que o projeto der entrada no Legislativo, Amarildo convocará novamente as categorias de servidores para mostrar a proposta. Se não agradar a maioria, Teruel não fará acordo para tramitação em regime de urgência.

De acordo com ele, durante essa tramitação, a oposição poderá usar de todos os artifícios para adiar esta votação.

A principal reclamação dos mais de 100 servidores que estiveram hoje na reunião é a de não serem recebidos pelo governador André Puccinelli (PMDB) para discutir o assunto.

A maioria das categorias não se sente contemplada pela Federação dos Servidores Públicos do Estado, que se reuniu ontem com Puccinelli, na governadoria.

Segundo Amarildo, este é um momento ideal para discutir não só reajuste, mas todas as outras reivindicações das categorias. Ele propôs, inclusive, que os servidores tentem estabelecer uma pauta única de solicitações, o que facilitaria as negociações com o governo.

São muitas as reivindicações que ultrapassam o reajuste salarial. Um exemplo está no Sindjus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul). Segundo o presidente, Noestor Jesus Ferreira Leite, em 2006, a categoria recebeu um adicional de escolaridade, mas até agora, ele não foi implantado.

Já os servidores da Saúde reclamam que no ano passado, médicos e odontólogos receberam reajuste de 50%, e o resto dos funcionários somente 3%.

Paulo Carvalho, do sindicato dos policiais civis, reclama que em abril do ano passado eles estavam com um movimento de greve engatilhado, mas o governo fez um acordo e a paralisação foi contida. Entretanto, segundo ele, este acordo não foi cumprido.

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