Política

Promotor da Capital vai ao Senado discursar contra a liberação da maconha

Alan Diógenes | 21/08/2014 19:12
Promotor Harfouche é contra a liberação da maconha. (Foto: Arquivo)
Promotor Harfouche é contra a liberação da maconha. (Foto: Arquivo)

O promotor de Justiça Sérgio Fernando Harfouche vai ao Senado Federal, em Brasília, nesta segunda-feira (25), para discursar contra o projeto de lei que pretende viabilizar a liberação do plantio da maconha no Brasil. Antes, no sábado (23), ele estará no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para participar de um dos maiores eventos do ano relacionado à política sobre drogas.

De acordo com Harfouche, crianças com problemas neurológicos são usadas pelos defensores da liberação da maconha no país para acabar com a criminalização do tráfico de drogas.

“O Ministério da Saúde já tem competência para autorizar o plantio da maconha para uso medicinal, se for o caso. Portanto, a discussão não cabe. Até porque a substância química encontrada na maconha para a cura de certas doenças pode ser extraído da planta em laboratório, não em casa. O projeto de lei se torna interessante para os usuários”, explicou Harfouche.

Segundo o promotor, o Estado sofre com a alta incidência de tráfico e a ilusão dos usuários da droga, que acreditam que ela não faz mal a saúde. “Precisamos endurecer as leis e a responsabilidade para o usuário. Não dá para ir na onda do Uruguai sem debater muito bem o assunto”, defendeu.

A CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa) do Senado vem discutindo esse assunto. O senador Cristovam Buarque (PDT/DF), é o relator encarregado de dar parecer sobre a proposta popular que pede a regulação da maconha para uso medicinal, recreativo e industrial.

Entretanto, Cristovam afirma ainda não ter uma posição em relação ao assunto, mas teme entrar para a história como o senador que liberou a droga.

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