Política

Presidente do PSD em MS critica manobra de Kassab para criar novo partido

Juliene Katayama | 28/02/2015 18:35
Kassab quer fundir PL com PSD para enfrentar PMDB (Foto: Divulgação)
Kassab quer fundir PL com PSD para enfrentar PMDB (Foto: Divulgação)

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, aposta no registro do PL (Partido Liberal) antes da entrada em vigor das medidas mais rígidas para criação e fusão de partidos políticos. Mas o presidente regional do PSD, Antonio João Hugo Rodrigues não acredita na formação da sigla.

“Não acho que vai conseguir criar. Aliás não deveriam criar mais nada”, afirmou Antonio João. O dirigente disse ainda que com a reforma política deve reduzir a quantidade de siglas no País. Atualmente, o número de partidos políticos está próximo de 40. "Vai abrir janela para político migrar para partido grande, para ter condições de disputar eleição, os partidos pequenos vão sumir", completou.

A ideia da criação do PL é para fundir ao PSD, também criado por Kassab. Juntas, as duas siglas deverão enfrentar o PMDB, que hoje impõe derrotas ao governo. O projeto para limitar novos partidos foi encabeçada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Na última quarta-feira (25), a Câmara aprovou o projeto que impõe cinco anos de existência a partidos que queiram se fundir. O texto aprovado também impede que filiados a partidos já existentes apoiem a criação de novas legendas, uma prática muito comum.

O presidente do PL em Mato Grosso do Sul, Pastor Jeremias Flores, disse que a discussão de fusão ainda não é concreto. “Tudo está no campo da especulação”, disse. O dirigente que já conseguiu o registro no Estado agora vai contribuir para o registro nacional. A ideia é coletar de 30 mil a 40 mil assinaturas.

São necessárias cerca de 490 mil assinaturas para criação de nova sigla. Os partidos em gestação contam com o período em que as medidas ainda têm de passar pelo Senado e serem sancionadas pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Outra sigla que está em andamento é o Rede Sustentabilidade, da Marina Silva, que por nota disse que as novas regras não prejudicam o partido já que o grupo deu entrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2013. Mas no ano passado, o tribunal indeferiu o pedido por falta de apoiadores.

Político de longa data, o presidente do PR no Estado, ex-deputado estadual Londres Machado, aguarda uma definição oficial para dar o encaminhamento à sigla. “São muitas especulações, estou esperando concretização para conversar com a Nacional”, pontuou.

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