Política

Presidente diz que está triste pela instalação de segunda Comissão Processante

Flávia Lima e Leonardo Rocha | 13/08/2015 15:07
Vereador João Rocha diz que abertura de segunda Comissão "é triste", mas é necessário respeitar processo democrático. (Foto:Marcos Ermínio)
Vereador João Rocha diz que abertura de segunda Comissão "é triste", mas é necessário respeitar processo democrático. (Foto:Marcos Ermínio)

O vereador João Rocha (PSDB), presidente da Comissão Processante da Câmara dos Vereadores que vai julgar o prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), disse que que "vê com tristeza" a implantação de uma segunda Comissão Processante (a primeira foi em 2013, contra o então prefeito Alcides Bernal, que acabou sendo cassado ano passado).

Apesar do cenário político tumultuado, ele aposta na democracia. "É um momento histórico. Assumi essa responsabilidade devido a minha experiência e estou preparado para exercer a função", afirma. O grupo, formado também pelos vereadores Paulo Siufi (PMDB), que ocupa o cargo de relator e Chiquinho Teles (PSD), tem cinco dias para iniciar os trabalhos.

A comissão vai julgar a quebra de decoro do prefeito em decorrência de ter se tornado réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul ter aceitado as denúncias do Gaeco.

João Rocha adiantou que os três integrantes irão se reunir toda segunda-feira para analisar documentos e definir convocações. Ele não descartou a convocação do prefeito Gilmar Olarte para prestar esclarecimentos sobre as denúncias. "Vamos chamar quem considerarmos necessários", ressaltou.

A Comissão vai também pedir apoio à procuradoria jurídica da Câmara para cumprir todos os itens legais necessários, especialmente os referentes a prazos. O grupo tem 90 dias para apresentar o relatório final dos trabalhos. "Vamos  requerer mais documentos também, se for o caso", diz.  

Sobre os vereadores que declinaram da possibilidade de compro a Comissão, ele minimiza a questão e disse que muitos já tem compromissos pessoais e até mesmo no Legislativo, o que dificultaria os trabalhos no grupo.

 

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