Política

Prefeitos discutem aumento, mas ainda reclamam da crise

Redação | 21/01/2010 15:11

Reunidos esta tarde na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), prefeitos e representantes dos 78 municípios do Estado discutem neste momento, em reunião extraordinária, as possibilidades de aumento aos servidores municipais. A expectativa é de que a entidade recomende um reajuste médio que iguale as perdas da inflação. Em 2009, na iminência da crise, a Assomasul recomendou cautela e zero de aumento ao funcionalismo.

Já no início da reunião, o presidente da Assomasul e prefeito de Terenos, Beto Pereira (PMDB), recomendou aos prefeitos um reajuste entre 3% e 5% com o argumento de que o momento mais agudo da crise já havia sido superado. Mesmo assim, alguns prefeitos ainda reclamam dos estragos na economia e garantem que não há caixa para reajustes em março, data base do funcionalismo público municipal.

Para a prefeita de Coxim, Dinalva Mourão, o município não tem condição de oferecer reajuste. Segundo ela, a queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS chega a 14% em relação ao ano passado. "A crise ainda persiste", assegura a prefeiita.

O prefeito Wiliam Douglas Souza Brito (PPS), de Rio Verde, também defende o não reajuste. Segundo o prefeito, no ano passado a prefeitura já havia concedido aumento referente às perdas da inflação mais ganho real. Porém, em janeiro, as contas fecharam com receita menor que em 2009 e a prefeitura se depara com um novo gasto: as obras para conter estragos das chuvas.

Alguns prefeitos esperam a decisão dos colegas. Entre eles está Edvaldo Alves de Queiroz (PMDB), prefeito de Água Clara. Já o prefeito de Dois Irmãos do Buriti, Wlademir de Souza Volk (PT), afirma que só poderá tomar uma decisão em março, data base dos funcinalismo, porque ainda não tem certeza sobre a real capacidade do município para pagar reajustes. Porém, adverte: "Os repasses e a arrecadação do município estão abaixo do que foi registrado em janeiro do ano passado".

Contrariando o pessimismo de alguns colegas, o prefeito Jesus Baird (PMDB), de Costa Rica, afirma que a prefeitura estuda um aumento superior a 3% para este ano. Segundo Baird, o plano de cargo e salários dos funcionários da prefeitura também foi alterado, antecipando a data base para fevereiro.

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