Política

Prefeito em exercício diz que Bernal precisa "descer do pedestal"

Nícholas Vasconcelos e Helton Verão | 03/12/2012 19:49
Edil criticou postura de Bernal e disse que tem apresentado informações. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Edil criticou postura de Bernal e disse que tem apresentado informações. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O prefeito em exercício de Campo Grande, Edil Albuquerque (PMDB), respondeu às críticas feitas pelo prefeito eleito Alcides Bernal (PP) nesta tarde. Em entrevista coletiva hoje, Bernal afirmou que falta colaboração e que sua equipe tem dificuldade no acesso a informações consideradas determinantes para o início do mandato.

“Bernal tem que ser mais modesto e descer do pedestal, caminhar pelos gabinetes”, afirmou Edil. Ele disse que todas as informações necessárias serão repassadas, mas destacou que muitas já estão disponíveis.

“Nós vamos colaborar. Ontem ele [Bernal] me ligou e pediu o índice de participação do ICMS. Mas esse índice está expresso em Diário Oficial”, comentou o prefeito.

Ele ainda deu o exemplo do comitê de mobilização da dengue, tema tratado em um dos encontros, e que depois não voltou a ser questionado pela equipe do prefeito eleito.

Sobre a polêmica envolvendo repasse de verbas, o vice-prefeito lembrou que é preciso buscar recursos. “Nós conseguimos R$ 500 milhões pelo PAC. Ele não pode jogar a toalha assim, tem que correr atrás. Eu recomendo a ele persistir em todos os projetos”.

Edil criticou as entrevistas de Bernal para reclamar administração municipal. “Não precisa ter que expor isso a imprensa. Não pode nem ficar mandando recadinho”, rebateu.

A equipe de transição de Nelson Trad Filho (PMDB) comparou a situação de Campo Grande com a de São Paulo, que demorou apenas dois dias para reunir as equipes, enquanto aqui foram necessárias mais de duas semanas para a equipe de Bernal procurar a Prefeitura.

O coordenador da equipe de transição Trad Filho, Marcelo Amaral, afirmou que há informações que não podem ser repassadas, conforme estabelece a instrução normativa n° 37 do TCE (Tribunal de Contas do Estado). “Estamos seguindo as instruções do Tribunal e há dados que não podem ser entregues antes do dia 31 de dezembro”, disse.

Segundo Marcelo, ainda há previsão para uma próxima reunião das equipes e que o sistema de instrução normativa facilitou o processo de transição entre os governos.

 

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