Prefeito diz que CPI do Calote quer “desviar” foco da Saúde

O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou que a formação da CPI do Calote na Câmara Municipal, foi feita para desviar o foco da investigação da saúde, que recebeu inúmeras denúncias de irregularidades nos últimos tempos. Bernal ainda ressaltou que os vereadores já começaram mal, já que apontaram valores que não correspondem à verdade e que a intenção se restringe em desgastar a imagem da prefeitura municipal.

O prefeito comentou que a dívida exposta pela comissão em R$ 400 milhões não corresponde à realidade, e que houve uma análise equivocada dos parlamentares. “Começaram errado, deveriam focalizar nas empresas e analisar caso a caso, e não juntar tudo e colocar no mesmo bolo”, afirmou. Ele espera que a CPI não se transforme apenas em um “instrumento” político e que traga informações importantes.

“O que parece é que querem desviar o foco da saúde, que tem denúncias graves, espero que esta comissão analise também a qualidade dos serviços prestados em Campo Grande, e tenha interesse público, não apenas político”, declarou. Bernal alega que a dívida se restringe apenas a R$ 19 milhões, em um jogo de números que só confirma o débito total de R$ 448,1 milhões, apesar destes valores serem contestados pelo executivo.

Motivo – O presidente da Câmara, o vereador Mário César (PMDB) afirmou que o motivo que culminou na criação da CPI do Calote, foi à confirmação que a prefeitura tem R$ 700 milhões em caixa e apenas não efetua o pagamento por vontade própria. Ele ainda argumentou que existem empresas que estão recebendo “rigorosamente” e outras não. O vereador Paulo Siufi (PMDB), presidente da comissão, também enalteceu que as justificativas apresentadas pela prefeitura, não foram satisfatórias.