Política

Prefeito diz que abertura de comissão processante tem "cunho político"

Nyelder Rodrigues e Helio de Freitas, de Dourados | 30/08/2016 20:15
Prefeito é acusado pela Câmara de superfaturar locação de lousas digitais (Foto: Divulgação/Arquivo)
Prefeito é acusado pela Câmara de superfaturar locação de lousas digitais (Foto: Divulgação/Arquivo)

Alvo de comissão processante abertura pela Câmara Municipal Naviraí - cidade localizada a 366 km de Campo Grande - nesta terça-feira (30), o prefeito Léo Matos (PSD) afirmou que tal situação não passa de mais uma movimentação de cunho político baseado em um assunto já esclarecido e requentado pela oposição.

O procedimento foi aprovado pelos vereadores da cidade em decisão dividida, sendo preciso voto de desempate do presidente da Câmara para que a comissão fosse aberta. A suspeita que recai sobre Matos é de superfaturar o preço do aluguel de lousas digitais utilizadas em escolas municipais.

"O assunto tá tinha sido amplamente debatido e justificado na Câmara e foi um assunto requentado pela oposição. Mais uma movimentação de cunho político", frisa o prefeito à reportagem do Campo Grande News.

Léo Matos ainda diz que os valores dos materiais e serviços adquiridos estão dentro do praticado pelo mercado, entretanto, um vereador fez orçamento de um material similar, possivelmente no Paraguai, e desde então questiona os valores.

"A prefeitura não pode aceitar comparação sobre os produtos e serviços que contrata no mercado nacional com ofertados no paralelo", dispara Léo Matos, que está em seu primeiro mandato e é candidato à reeleição.

A possível irregularidade foi destacada em maio deste ano pelo vereador Márcio Albino (PMDB), afirmando que a prefeitura gastaria R$ 72 mil para comprar seis lousas digitais, mas alugou os equipamentos pelo custo de R$ 181 mil por ano. Antes disso, ele também já havia tentado conseguir as lousas através de pedido à Assembleia Legislativa.

Para abrir a comissão processante, os vereadores concluíram que o prefeito cometeu infração político-administrativa com superfaturamento do preço de locação das lousas. "Não houve qualquer preocupação do prefeito em diligenciar para obter a melhor contratação ou aquisição para o município em que é o gestor", explica trecho da decisão.

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