Política

Prefeito descarta trocar secretários, mas pacifica base na Câmara

Kleber Clajus | 19/09/2014 10:27
Base se reuniu ontem com prefeito e negociação deve fortalecer votação de projetos (Foto: Kleber Clajus / Arquivo)
Base se reuniu ontem com prefeito e negociação deve fortalecer votação de projetos (Foto: Kleber Clajus / Arquivo)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), conseguiu pacificar a base aliada na Câmara Municipal ao prometer ampliar a interlocução com os vereadores através de reuniões mensais. Outra medida está em encaminhar secretários antes da tramitação de projetos do Executivo para evitar atrasos na aprovação das propostas. A troca de secretários está temporariamente descartada.

“Ficou acertado que pelo menos uma vez por mês vamos sentar para conversar. Havendo necessidade se reúne mais e com comissões específicas e vereadores para tratar dos projetos. É um canal mais direto para estarmos alinhamos”, explica o líder do prefeito, João Rocha (PSDB), sobre reunião ocorrida ontem (18) no gabinete do prefeito.

Crise rondava a base aliada por não ter suas reivindicações atendidas, no que tange a pedidos sobre cascalhamento de ruas e iluminação pública, por exemplo. O próprio Olarte classifica a situação como “especulação” e faz questão de dizer que há “plena harmonia com os vereadores”.

Por sua vez, Airton Saraiva (DEM) admite que faltava “interlocução” maior entre Executivo e Legislativo, até para que projetos de doação de áreas, incentivos fiscais e suplementações fossem devidamente alinhados para se ter segurança ao votar.

Chiquinho Telles (PSD), que ainda insiste na troca de comando na Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), avalia que muito se avançou e na reunião “não houve puxão de orelha de ninguém, mas um aviso de que as coisas não vão bem e precisam melhorar”. O parlamentar ainda fez questão de frisar que é preciso “em secretarias que são o coração da cidade não se colocar amigos, mas pessoas capacitadas”, adicionando na lista de possíveis mudanças a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo).

Sobre alterações no secretariado, João Rocha ressalta que, no momento, não há essa possibilidade até para não criar instabilidade na administração. “Já fui secretário e isso é muito ruim para o órgão. Muitas vezes o secretário atende, mas em outros momentos isso não é possível”, pontua o líder do prefeito na Casa de Leis.

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