Política

Pré-candidato, sindicalista prevê disputa histórica entre esquerda e direita

“A esquerda vai, mais uma vez, fazer um grande debate de distribuição de renda, inclusão social”, avalia

Gabriel Neris | 23/07/2018 16:50
Jaime Teixeira é presidente da Fetems e pré-candidato para deputado federal (Foto: Paulo Francis)
Jaime Teixeira é presidente da Fetems e pré-candidato para deputado federal (Foto: Paulo Francis)

Presidente licenciado da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira (PT), de 58 anos, se pauta na "política de inclusão" para conquistar uma vaga para deputado federal neste ano. Teixeira, em visita ao Campo Grande News, disse acreditar que esta será a maior disputa já vista entre partidos de direita e esquerda. “A esquerda vai, mais uma vez, fazer um grande debate de distribuição de renda, inclusão social”, afirma.

“O partido vem forte para essa eleição, mesmo porque as reformas impostas pelo governo Temer de 2014 para cá tiram direitos, como privatizações, terceirizações, flexibilização da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], a tentativa de acabar com a Previdência pública. Os trabalhadores estão percebendo que o outro modelo é melhor”, destaca Teixeira.

Teixeira ocupa a presidência da Fetems pelo terceiro mandato e também já esteve a frente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais de Educação Pública) em duas oportunidades. Mesmo com a experiência em educação, o pré-candidato diz que há o apoio de profissionais da saúde, Correios, construção civil e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). “A candidatura tem base social muito grande”.

A pauta do partido também é baseada na fragilidade do governo do presidente Michel Temer. “A política econômica é muito recessiva. Estamos com o maior desemprego da história do Brasil. São 13 milhões de desempregados. Isso traz o PT para uma disputa forte”.

Mesmo com pouco tempo de campanha, Teixeira considera os que estão fora de cargos no Legislativo e Executivo em igualdade de condições com outros pré-candidatos. Também diz que a renovação deve atingir, no máximo, 35%. “A pré-campanha é mais importante que a campanha”.

Também aponta que há possibilidade do conservadorismo “dominar” o Congresso Nacional. “É perigoso se eleger um congresso mais conservador. Se entidades sociais, sindicais, não abrirem o olho e fazerem campanha para seus candidatos de base corremos o risco de ter um congresso mais conservador”.

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