Política

Ponte terá forte impacto na região de fronteira, diz presidente do Paraguai

Lançamento da licitação da ponte sobre o Rio Paraguai teve a participação do governador Reinaldo Azambuja

Leonardo Rocha | 20/07/2019 16:03
Presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, ao lado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento (Foto: Chico Ribeiro - Governo MS)
Presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, ao lado do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento (Foto: Chico Ribeiro - Governo MS)

Durante o lançamento da licitação da ponte que vai passar por Porto Murtinho e a cidade de Carmelo Peralta, o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, que participou do evento, disse que a obra vai promover forte impacto econômico e social em toda região, retirando este local do isolamento.

“A ponte será o motor do desenvolvimento sem precedentes, com esse gesto vamos superar a falta de confiança e recuperar a autoestima de uma região pouco valorizada”, disse Benítez. O evento teve a participação de várias autoridades de Mato Grosso do Sul, entre eles o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o senador Nelsinho Trad (PSD) e o deputado federal, Vander Loubet (PT).

Ao final da solenidade, o grupo seguiu ao local onde será feita a ponte de concreto, sobre o rio Paraguai, que será um dos caminhos da rota biocêanica, rumo aos portos do Pacífico, por um caminho mais curto via os países da América do Sul. A obra terá um custo de R$ 290 milhões, e deve ser entregue até abril de 2023.

O presidente do Paraguai citou que a obra (ponte) segue o anteprojeto elaborado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e deve ter início em março de 2020. A ponte terá uma extensão de 680 metros, com quatro pistas e acessos laterais para circulação das pessoas.

Reinaldo Azambuja ao lado do presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, no local onde será construída a ponte (Foto: Chico Ribeiro - Governo MS)

Mercado asiático - O modelo escolhido pela Itaipu Paraguai foi uma ponte semelhante que fica sobre o Rio Paraná, na divisa do Estado com Minas Gerais. A rota bioceânica que está sendo implantada vai reduzir em 17 dias a viagem ao mercado asiático, onde estão os países que mais compram os produtos do Brasil e da América do Sul.

“A Ásia é o melhor mercado para Mato Grosso do Sul, que hoje representa 54% da receita do Estado com as exportações de soja, celulose, açúcar, couro e outros produtos”, descreveu o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck. Ele entende que estes avanços ainda ajudam a “destravar embaraços” nas alfândegas entre os países.

Está se discutindo um acordo sanitário animal e vegetal com o Paraguai, que deve ser assinado em agosto. Outro objetivo é uma “alfândega integrada” com o país vizinho, que seria instalada próxima à ponte, do lado brasileiro. “É fundamental para darmos fluidez às cargas”, avalia Verruck.

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