Política

PMDB descarta hipótese de Simone, virando governadora, tentar reeleição

Josemil Arruda | 02/04/2014 16:40
Simone Tebet pode assumir o governo amanhã, se André renunciar (Foto: arquivo)
Simone Tebet pode assumir o governo amanhã, se André renunciar (Foto: arquivo)

No PMDB é tida como irreversível a candidatura de Nelsinho Trad ao governo do Estado neste ano. Caso se confirme amanhã a renúncia do governador André Puccinelli (PMDB) para disputar vaga do Senado, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) assume o posto a fim de dar continuidade à administração peemedebista e sem a pretensão de tentar a reeleição, apesar de o cenário político ser mutável até as convenções de junho, quando as candidaturas são homologadas pelos partidos.

“Não tem menor possibilidade disso vir a acontecer”, afirmou Nelsinho Trad nesta tarde de quarta-feira (2), ao ser indagado se não haveria possibilidade de Simone, após tomar posse como governadora, decidir-se pela tentativa de reeleição. “Pelo que ela me disse ontem e já afirmou reiteradas vezes, vai cumprir o papel dela e ponto”, acrescentou.

O deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB), que é marido da vice-governadora Simone Tebet, também assegurou, ao ser questionado pelo Campo Grande News, que sua esposa não tentará a reeleição caso tome posse como governadora pelos próximos oito meses.

“Como governadora, não há essa possibilidade de a Simone tentar a reeleição. O candidato nosso é Nelson Trad Filho. Isso já foi decidido partidariamente”, confirmou Eduardo Rocha. Instado a se pronunciar sobre a hipótese de o PMDB sentir, na época das convenções partidárias de junho através das pesquisas eleitorais, que Simone Tebet tem melhores chances de derrotar o senador Delcídio do Amaral (PT), Rocha declarou: “Para mim o candidato a governador é o Nelsinho. Só não é se não quiser. Agora não sou dono do partido. Nem decido sozinho”.

Duplamente bem servido – O ex-prefeito e ex-secretário estadual Nelsinho Trad considera-se “bem servido” tanto no caso de o governador André Puccinell ser candidato a senador na chapa majoritária do PMDB, quanto se a vice-governadora Simone Tebet for sua companheira de campanha eleitoral.

“A vinda do governador para a chapa oferece musculatura política, é mais atraente para poder fortalecer não só a chapa majoritária, mas as proporcionais. Caso André não seja candidato, não quer dizer que não vai ter isso. E tem o lado positivo de a Simone (ex-prefeita de Três Lagoas) favorecer uma geografia política bem desenhada, porque representa o Bolsão”, opinou o pré-candidato a governador do PMDB.

Quanto ao fato de o PMDB tem fechado quanto ao seu nome para disputar o governo do Estado, Nelsinho lembra ainda que há uma “ata registrada” do PMDB que o tirou como cabeça-de-chapa. “Essa questão está resolvida. Eu tenho apoio do partido em sua grande maioria. Percorri o Estado, estive em praticamente todos os municípios como candidato a governador. Estou muito tranquilo”, garantiu.

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