Política

Olarte diz que comissionados preenchem vagas de aposentados

Kleber Clajus | 14/11/2014 12:15
Reposição e valorização de concursados são justificativas de Olarte em relação a comissionados (Foto: Marcos Ermínio)
Reposição e valorização de concursados são justificativas de Olarte em relação a comissionados (Foto: Marcos Ermínio)

Mesmo admitindo novos cortes, o prefeito Gilmar Olarte (PP) justificou hoje que comissionados preenchem vagas deixadas por servidores aposentados ou que solicitaram sua saída dos quadros da Prefeitura de Campo Grande. O MPE (Ministério Público Estadual) cobra do progressistas redução do percentual, tendo em vista as dificuldades financeiras apresentadas pelo município.

“Até o sétimo mês de gestão foram 1.260 exonerações, sendo 60% de servidores que se aposentaram ou foram assumir outros cargos. Tivemos diminuição e como não tinha tempo hábil para abrir concurso, que vamos fazer, precisava repor”, comentou o progressista, durante sorteio da localização de casas populares na Câmara Municipal.

Olarte ainda pontuou que servidores de carreira foram reconduzidos a cargos de gestão para destravar serviços em diversas secretarias e como forma de valorização.

Em relação a novos cortes, o prefeito admitiu não haver números e áreas estabelecidas até o momento, mas garante que reorganização das finanças até janeiro possibilitará “condições mínimas” de governar e retomar ritmo de investimentos.

Número elevado – Levantamento realizado pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), divulgado no final de setembro, apontava a existência de 1,9 mil cargos comissionados. Na época, o município informou que o gasto mensal com o grupo somava R$ 12 milhões. Desde então, 400 chegaram a ser exonerados, mas alguns acabaram reconduzidos ao cargo.

O promotor do MPE, Gerson Eduardo de Araujo, recomendou nesta semana que o prefeito suspenda a concessão de vantagens ou aumento de remuneração excedente e reduza em pelo menos 20% as despesas com cargos em comissão e função de confiança.

Procedimento preparatório apura eventual ato de improbidade administrativa praticado, em tese, pelo progressista, por ter nomeado 1.044 servidores comissionados sem a observância da lei da Ficha Limpa. Outro inquérito civil investiga possível nomeação de servidores “fantasmas” na prefeitura.

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