Política

OAB protocola na Câmara o 17º pedido de impeachment de Temer

Medida tem o apoio da seccional da entidade em Mato Grosso do Sul e de outros 23 estados, mais o Distrito Federal

Paulo Nonato de Souza | 25/05/2017 15:31
O presidente da OAB, Claudio Lamachia, com o pedido de afastamento de Temer, acompanhado de conselheiros e presidentes estaduais da entidade, na chegada ao Congresso (Foto: Agencia Estado)
O presidente da OAB, Claudio Lamachia, com o pedido de afastamento de Temer, acompanhado de conselheiros e presidentes estaduais da entidade, na chegada ao Congresso (Foto: Agencia Estado)

Já está na Câmara dos Deputados o pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para o impeachment do presidente Michel Temer. Assinado por representantes de seccionais da entidade em 24 estados, incluindo Mato Grosso do Sul, mais o Distrito Federal, o documento foi entregue na tarde desta quinta-feira, e tem como base as delações premiadas dos donos da JBS.

“Estamos juntos, com certeza. Tomamos essa decisão logo após as denúncias de corrupção, e no ato de protocolo do pedido fomos representados pelos nossos conselheiros federais Alexandre Mantovani e Gustavo Gottardi’, disse o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche.

É o 17.º pedido de destituição do governo protocolado no Congresso, e 13 após as delações virem à tona na semana passada. No pedido, a OAB argumenta que o presidente Michel Temer cometeu crime de responsabilidade e violou o decoro do cargo.

O pedido da OAB foi protocolado na Câmara pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia, acompanhado de conselheiros federais e presidentes de seccionais. Em sua declaração antes do protocolo do requerimento de abertura de processo de afastamento, ele afirmou que o pedido leva em conta os áudios divulgados e as manifestações públicas do presidente, onde ele declara ter conhecimento dos crimes narrados por Joesley Batista (compra de um juiz e um promotor) e "nada fez".

Lamachia disse que a gravação pode ter sofrido interferência, mas destacou que Temer não negou os diálogos, o que significa que a suposta edição do material não é considerada relevante. "Na visão da OAB, nós temos aqui presente crime de responsabilidade do senhor presidente da República", afirmou.

VEJA A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO PROTOCOLADO PELA OAB. Clique aqui:

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