Nelsinho diz que candidatura de Requião "já nasce morta"
O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) afirmou que a candidatura do governador Roberto Requião (PR) à presidência da República "já nasce morta".
"Pra mim essa candidatura já nasce morta, não tem o menor sentido, já começou muito tarde. O partido já mostrou seu caminho, não conta com essa possibilidade", disparou o prefeito ontem à noite, durante ato público em apoio à pré-candidatura de Waldemir Moka ao Senado.
A declaração de Nelsinho é coerente com o posicionamento que vem tomando, que é de apoio à ministra Dilma Roussef (PT). O prefeito vem fazendo elogios rasgados à presidenciável petista, alegando que não pode virar as costas para quem tem ajudado a Capital com recursos financeiros.
O deputado federal Waldemir Moka, que recebeu ontem à noite o apoio de Nelsinho para a disputa pelo Senado, também fez críticas à pré-candidatura de Requião.
"Em outras ocasiões, o Requião já colocou seu nome e acabou retirando. Acho que uma candidatura própria empolgaria o partido, mas o projeto teria de ser construído de outra forma", opinou.
O senador Valter Pereira também acha que a discussão de candidatura própria a presidente, dentro do PMDB, é tardia. Para ele, o partido perdeu o momento certo para esse debate.
"Toda vida fui favorável á idéia, mas sou compelido a dizer que o momento para discutir candidatura própria está ultrapassado", declarou.
Hoje, a principal tendência do PMDB é continuar na base aliada ao governo e apoiar a ministra Dilma Roussef para presidente. Hoje, o nome mais cotado para ser seu vice é o do presidente da Câmara, Michel Temer (SP).
Entretanto, alas oposicionistas repudiam o projeto e ainda trabalham pelo projeto de candidatura própria. Outros grupos defendem que o PMDB fique "solto" durante o processo de sucessão presidencial, principalmente para não atrapalhar as alianças nos Estados.
