Política

MS deve contar com órgão para ampliar segurança a magistrados

Fabiano Arruda | 01/08/2012 16:59
Presidentes da AMB, Henrique Nelson Calandra, e da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, em reunião na manhã desta quarta-feira. (Foto: Divulgação)
Presidentes da AMB, Henrique Nelson Calandra, e da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos, em reunião na manhã desta quarta-feira. (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul deve contar com um órgão colegiado em 1º grau para ampliar a segurança de juízes com medidas como a permissão de seguranças armados nos tribunais. O projeto deve ser enviado à Assembleia Legislativa pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Henrique Nelson Calandra, pediu apoio para a instalação do órgão em reunião com os deputados estaduais na manhã desta quarta-feira na presidência da Assembleia Legislativa.

Ele esteve acompanhado do presidente do TJ/MS, desembargador Joenildo de Sousa Chaves, e o presidente da Amansul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), juiz Olivar Coneglian.

O pleito do presidente da AMB é feito em todas as Assembleias do País. A reivindicação ocorre por conta de lei sancionada recentemente que regula, entre outros assuntos, o processo e o julgamento colegiado em primeira instância de crimes praticados por organizações criminosas.

Estabelece que o colegiado seja formado pelo juiz do processo e outros dois juízes escolhidos por sorteio eletrônico, entre aqueles com competência criminal e que atuam no primeiro grau de jurisdição. A intenção é evitar a individualização da decisão, que põe em evidência o juiz que a proferiu.

A lei autoriza a adoção de medidas visando reforçar a segurança dos prédios da Justiça. A nova legislação foi motivada após o assassinato da juíza Patrícia Alcioli, no dia 11 de agosto de 2011. Ela foi morta, com 21 tiros, no momento que chegava à sua casa, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O presidente da AMB também mencionou o caso de um advogado morto dentro do Tribunal de Justiça do São José dos Campos (SP) por uma das partes no processo.

Reforma - Calandra afirmou ainda que a entidade tem se mobilizado, por todo País, para pedir melhorias no Código Penal Brasileiro.

“Não se pode julgar os criminosos que assassinam uma juíza com o mesmo rigor de quem roubava cavalos no século passado”, pontuou, acrescentando que os crimes de internet também devem ser analisados com maior profundidade.

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