Política

Movimento já conseguiu 10 mil assinaturas contra aumento salarial de vereadores

Nyelder Rodrigues e Viviane Oliveira | 05/12/2012 20:28
Movimento que luta contra reajuste ganhou destaque após a aprovação do aumento. Na foto, protesto realizado na segunda-feira (Foto: Divulgação)
Movimento que luta contra reajuste ganhou destaque após a aprovação do aumento. Na foto, protesto realizado na segunda-feira (Foto: Divulgação)

O Movimento Voluntário, que protesta contra o aumento 61,9% no subsídio dos vereadores de Campo Grande, já conseguiu 10 mil assinaturas.

“Também já fizemos nota de repúdio, porque como a maioria da população, estamos indignados”, explicou uma as integrantes do movimento, a pedagoga Patrícia Arruda da Fonseca, que é filha do ex-senador e prefeito Juvêncio César da Fonseca.

Além dela, Luis Felipe Granja e Thiago Kalunga, ambos servidores públicos, também integram o movimento e conversaram com a reportagem do Campo Grande News.

Eles contaram que um dia antes de acontecer a votação, fizeram uma manifestação pacífica em frente à Câmara, e ainda assim, no dia seguinte, foram pegos de surpresa com a notícia de que os salários já tinham sido aumentados.

Dias antes da votação, eles também foram à Câmara para uma audiência com os vereadores, e tiveram a garantia do presidente da Casa, Paulo Siufi (PMDB), que nada seria feito às escondidas, e que o grupo teria voz na questão por que representavam a população.

“Confiamos na palavra dele”, comentam os três integrantes, que também afirmaram que apesar da aprovação do aumento pelos vereadores, vão continuar colhendo as assinaturas, pois acreditam que estão representando a população nesta questão.

O Movimento Voluntário surgir pela rede social facebook após ter sido noticiada a intenção dos vereadores em votar o aumento de salário em 61,9%, elevando dos atuais R$ 9.280 para R$ 15.031 a partir de janeiro de 2013.

Grupo afirma que vereador Paulo Siufi (foto) assegurou que votação não seria feita às escondidas (Foto: Arquivo)

Para Thiago, Luis Felipe e Patrícia, o movimento também serve para incentivar as pessoas a fiscalizar os atos do legislativo e executivo de Campo Grande, além de cobrar a Lei da Transparência. Eles também querem que o movimento ganhe a confiança das pessoas, se aproximando da sociedade.

Nota de repúdio e análise da OAB – Entre os conteúdos da nota, estão questionamentos quanto à legalidade do aumento e o motivo dele ter ocorrido em regime de urgência, sem comunicar imprensa e população.

Além disso, a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) informou que elaborará um parecer técnico para averiguar a legalidade do reajuste. Além do salário, os vereadores recebem mensalmente R$ 8,4 mil de verba indenizatória.

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