Política

Moka pede redução nos juros do Fundo de Financiamento para o Centro-Oeste

R$ 2,33 bilhões estarão disponíveis para serem emprestados em Mato Grosso do Sul

Lucas Junot | 05/04/2017 17:14
Senador Waldemir Moka (PMDB), representante de Mato Grosso do Sul no Senado (Foto: Arquivo/Marcos Ermínio)
Senador Waldemir Moka (PMDB), representante de Mato Grosso do Sul no Senado (Foto: Arquivo/Marcos Ermínio)

O senador Waldemir Moka (PMDB) pediu a redução dos juros do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste), durante a sessão plenária desta quarta-feira (5), no Senado. De acordo com ele, os juros cobrados são incompatíveis com a realidade econômica dos estados. “O próprio ministro disse que ele já tinha tomado a iniciativa e procurado a área econômica, proposto juros menores para as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste”, disse Moka.

Ontem, decreto publicado no DOU (Diário Oficial da União), assinado pelo Conselho Monetário Nacional, reduziu a taxa de juros do FCO em meio ponto percentual, para financiamentos contratados junto às instituições financeiras que lidam com o Fundo a partir de 1º de abril deste ano.

Com a resolução, as taxas de juros do FCO Empresarial, que antes variavam de 10% a 17,65%, recuaram para 9,5% até 16,90% ao ano, de acordo com a modalidade de financiamento.

O Ministério da Integração Nacional, que administra o FCO, informou que os empreendedores do Centro-Oeste contam, neste ano, com mais de R$ 10,1 bilhões para investimentos.

O montante disponibilizado pelo governo federal está dividido em R$ 1,93 bilhão (19%) para o Distrito Federal; R$ 2,94 bilhões (29%) para Goiás; R$ 2,94 bilhões (29%) para o Mato Grosso e R$ 2,33 bilhões (23%) para o Mato Grosso do Sul.

Os financiamentos beneficiam desde o pequeno produtor rural, por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), a associações, cooperativas de produção e investidores de pequeno, médio e grande portes.

O Banco do Brasil é agente oficial de fomento do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, criado em 1989. Ao todo, aproximadamente um milhão de operações foram contratadas pelo banco, com capacidade de criar mais de seis milhões de empregos.

"Nós já investimos mais de R$ 62 bilhões no Centro-Oeste este ano. Esse modelo se mostra vitorioso. Desde o dia em que nós começamos a analisar operações, estamos fazendo um volume três vezes maior do que foi no ano passado. O FCO vem se direcionando a empreendedores para aumentar a produção do Centro-Oeste, reduzir as condições de desigualdades do nosso país e também trazer o produtor rural", afirmou o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli.

De acordo com o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) a redução dos juros, aplicada para crédito, custeio e captação, será um incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo.

"Não adianta o governo estadual fazer esforços para trazer R$ 2,3 bilhões para este ano e esse investimento não ser utilizado. Os juros eram um entrave ao empresário e essa redução potencializa as atividades produtivas, como comércio, turismo, indústria e agronegócio", avalia o governador que nesta manhã, participa das atividades do gabinete itinerante na Expogrande, localizado na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

Caravana FCO - A caravana para divulgar oportunidades de financiamento a empreendedores, promovida pelo Banco do Brasil, passará por 20 cidades do Centro-Oeste, levando informações sobre empreendedorismo e inovação, cenário econômico e balcão de negócios. O Banco, parceiro do Ministério da Integração Nacional na iniciativa, analisa as demandas e concede os recursos aos clientes.

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