Política

Moka cobra política nacional para tratamento de dependentes quimicos

Edmir Conceição | 06/09/2011 16:19

Em MS, há 43 entidades terapêuticas trabalhando no tratamento e na recuperação de usuários de drogas. Nenhuma delas recebe ajuda financeira do governo federal

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS)) defendeu nesta terça-feira (6) a adoção de uma política nacional para tratamento e recuperação de dependentes químicos. Em pronunciamento na tribuna do Senado, o senador afirmou que as ações para atender aos viciados têm sido realizadas sem coordenação e objetivos.

Moka pediu mais apoio do governo federal às comunidades terapêuticas. “Além da falta de apoio a essas entidades, há carência de profissionais envolvidos no tratamento de drogados, como psiquiatras, psicólogos, inclusive nas emergências”, afirmou.

O senador faz parte da Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos, do Senado. Moka explicou que a subcomissão vai realizar seminário no próximo mês para apresentar o resultado de quatro meses de trabalho.

“Tenho certeza de que o diagnóstico vai ajudar o governo federal a conhecer a realidade do problema. Além de uma radiografia, vamos sugerir propostas e medidas para tirar os projetos do papel”, comentou.

Paraguai Moka diz que a situação é tão ruim que viciados de Ponta Porã estão sendo tratados em leitos psiquiátricos de Pedro Juan Caballero. “Ali ocorre situação inusitada. Sem leitos para atender aos dependentes, o município recorre à estrutura do país vizinho, mais pobre e carente de infraestrutura”, revelou.

Segundo a secretária de Assistência Social de Ponta Porã, Doralice Nunes, os problemas só serão resolvidos se o governo federal elaborar política nacional com ações imediatas para tratar dos dependentes químicos.

A secretária de Trabalho e Ação Social do Estado, Tânia Garib, defende a liberação de recursos para as comunidades terapêuticas por meio de convênios e a criação de cursos de qualificação para reinserção no mercado de trabalho dos viciados em recuperação.

Em Mato Grosso do Sul, segundo a secretária, há 43 entidades terapêuticas trabalhando no tratamento e na recuperação de usuários de drogas. “Nenhuma delas recebe ajuda financeira do governo federal para fazer esse trabalho social”, afirma.

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