Política

Mochi anuncia criação de CPI para investigar violência contra indígenas

Flávia Lima e Leonardo Rocha | 13/10/2015 12:19
Indígenas foram a Assembleia Legislativa semana passada para pressionar criação de CPI. (Foto:Gerson Walber/Arquivo)
Indígenas foram a Assembleia Legislativa semana passada para pressionar criação de CPI. (Foto:Gerson Walber/Arquivo)

Durante sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira (13), o presidente da Casa, deputado Junior Mochi (PMDB), anunciou a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vai apurar a omissão do Estado frente a atos de violência cometidos contra povos indígenas entre 2000 e 2015.

Conhecida como CPI do genocídio indígena, a proposta de criação da Comissão foi apresentada pela bancada petista como contrapartida a CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), que terá seus primeiros depoimentos na tarde desta terça-feira e que vai apurar se a entidade incentivou ou financiou invasões de terras em Mato Grosso do Sul, por grupos indígenas.

A proposta de criação da CPI passou antes pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) e o presidente, deputado José Carlos Barbosa (PSB), chegou a recomendar que ela também apure atos de violência cometidos contra todo tipo de trabalhador do campo, porém a recomendação não foi aceita.

Os nomes que irão compor a CPI serão definidos em sessão nesta quarta-feira (14). Terão direito a uma vaga cada, o PMDB, PSDB e PT. Já o bloco dos partidos menores poderão indicar dois integrantes.

A crianção da CPI teve origem em uma manifestação realizada semana passada, por um grupo de índios do Cimi, que protestou na Assembleia Legislativa, contra a CPI do Cimi. Na ocasião, os indígenas afirmaram que pelo menos 400 índios foram assassinados nos últimos 12 anos em Mato Grosso do Sul.

Comunidades indígenas e representantes de movimentos sociais fizeram um culto ecumênico no local durante o protesto, mas acabaram deixando o prédio, sem entrar em consenso com os deputados.

 

 

 

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