Política

Moção contra ministro por restringir exame da mama causa polêmica na Câmara

Edivaldo Bitencourt e Kleber Clajus | 18/02/2014 15:00
Vereadores tiveram debate acalorado por causa de restrição nos exames de mamografia (Foto: Kleber Clajus)
Vereadores tiveram debate acalorado por causa de restrição nos exames de mamografia (Foto: Kleber Clajus)

Causou polêmica, nesta terça-feira (18), a votação de uma moção de protesto pelos vereadores contra o Ministério da Saúde, que restringiu os exames de mamografia. Até bancada petista rachou e se envolveu em um debate sobre a polêmica.

A moção de protesto, apresentada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e pelo vereador Ayrton Araújo (PT), foi aprovada por 18 votos a 2. Só votaram contra os petistas Zeca do PT e Marcos Alex (PT).

A Câmara Municipal se revoltou contra a Portaria 1.253/2013, que restringe a realização de exames a mulheres com mais de 49 anos. Para as pacientes mais novas, o exame só será permitido no caso de estar com a doença.

Para Luiza, a medida prejudica um direito das mulheres, que deveriam ter acesso aos exames pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O vereador Zeca do PT, que foi governador por dois mandatos, votou contra a moção e defendeu a medida do ministro da Saúde da época, Alexandre Padilha. Ele disse que o ministro apenas reordenou o sistema e fechou o ralo por onde ia o dinheiro público.

O petista não poupou nem o colega de partido, que assinou a moção. “É estranho um vereador do PT votar contra um ministro do partido”, ressaltou.

Ele disse ainda que o CFM (Conselho Federal de Medicina), que condenou a portaria, é uma entidade “atrasada” e “reacionária”.

Araújo rebateu na hora. “Não votei contra o PT, mas o que as mulheres conquistaram por direito”, destacou.

O líder do prefeito, Marcos Alex, disse que a portaria está sendo mal interpretada. Ele defendeu mais cuidado no debate.

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