Mesmo sendo da base aliada, Valter votará contra reforma
Mesmo pertencendo a base aliada do governo federal, o senador Valter Pereira (PMDB) diz que vai votar contra a reforma tributária, caso o texto continue dificultando a questão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). O senador informa que do jeito que o texto está, os municípios mais pobres e menores continuarão sofrendo um desequilíbrio e os governos estaduais acabarão perdendo a capacidade de legislar.
Segundo Valter, o texto impede que os Estados criem políticas públicas de desenvolvimento e isso acaba sendo repercutido nos municípios. "Eu voto contrário, mesmo sendo da base aliada", garante.
O parlamentar explica que sempre recebe prefeitos em seu gabinete, todos em busca de recursos. "Eles sempre estão com pires na mão. Muitos são prefeitos de municípios pequenos e que estão atrás de pequenas receitas para enfrentar grandes problemas".
Por esse motivo, Valter critica os representantes do Ministério Público, que estão em início de carreira, trabalhando em pequenos municípios e que começam suas carreiras fazendo intervenções duvidosas na gestão de alguns prefeitos. Os prefeitos reclamam muito de que o Ministério publico costuma dar ordens aos secretários.
Ele disse ainda que é preciso que cada órgão que compõe o aparato constitucional do Brasil entenda o papel dos prefeitos. Segundo o senador, há problemas que demandam difíceis e engenhosas soluções, principalmente os municípios mais pobres e desprovidos de receita. Por isso ele defende que a população participe mais da vida política do Brasil e que contribua mais nas decisões.
Valter Pereira prestigiou hoje a posse de seu filho Beto Pereira (PMDB), prefeito de Terenos, à presidência da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e disse que tem convicção de que ele vai estar a altura dos votos que recebeu e do trabalho desempenhado por Eraldo Leite (PR), prefeito de Jateí e ex-presidente da Associação.
