Política

Mesmo como integrante, líder do prefeito desclassifica atuação de CPI do Calote

Jéssica Benitez | 09/07/2013 17:28

Líder e fiel escudeiro do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) na Câmara Municipal, o vereador Marcos Alex (PT), afirma que a CPI do Calote, da qual faz parte, está tentando desviar o foco para dar ênfase à denúncias que nada tem a ver com falta de pagamento do Executivo aos prestadores de serviço. Para o petista, toda vez que tem uma reunião, os companheiros de Casa de Leis tentam deturpar o objetivo da comissão com apresentações desnecessárias.

“Estou me mordendo dentro da CPI para não falar nada. Todo dia tem algo que tira o foco. Isso não é política, isso não é sério”, disse, fazendo referência as apresentações feitas pelo relator Elizeu Dionizio (PSL) que em todas as reuniões apresenta a evolução da CPI e novas denúncias por meio de slides. Na última oitiva, por exemplo, o vereador apontou possíveis irregularidades em dois processos da prefeitura, um relacionado à aquisição de pastas de cartolina e outra à compra de gás.

Alex ressalta que esta é uma dinâmica errônea e explica qual seria a conduta ideal a ser seguida pela comissão. “Tínhamos que ter convocado as empresas que se sentiram lesadas desde o início, ver o que reza cada contrato”, disse. O líder alegou que má qualidade das obras, compra de equipamentos não ajustados no contrato, certidão negativa de débito, são apenas alguns fatores que podem suspender o pagamento às prestadoras de serviço.

Em relação à Salute, empresa contratada para fornecer R$ 1,5 milhão em alimentos para SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), mas que possui apenas R$ 50 em capital de giro, Alex disse ser absolutamente normal que não haja ninguém no endereço da empresa constado na Receita Federal. “Hoje em dia para não é preciso ter sede, apenas um notebook resolve tudo”, opinou. Para ele, o fato de o capital de giro ser enxuto também não significa nada.

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