Política

Manobra da base de Bernal quer barrar envio de relatório para o TCE

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 14/05/2013 11:50
Líder do prefeito afirma que comissão usa dois pesos e duas medidas. (Foto: Marcos Ermínio)
Líder do prefeito afirma que comissão usa dois pesos e duas medidas. (Foto: Marcos Ermínio)

Os aliados do prefeito Alcides Bernal (PP) querem evitar que a Câmara Municipal de Campo Grande envie ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) relatório que, futuramente, abre possibilidade de cassação do chefe do Executivo municipal.

Na sessão desta terça-feira, Marcos Alex (PT), líder do prefeito, anunciou que vai apresentar requerimento para sustar o envio do relatório da comissão de Orçamento e Finanças. O vereador justifica que é preciso ter acesso ao documento e que os demais parlamentares possam se manifestar.

O requerimento tem nove assinaturas. Além de Marcos Alex, a proposta é apoiada por Rose Modesto (PSDB); Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PP); Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP); Luiza Ribeiro (MD); Gilmar da Cruz (PRB); Zeca do PT; Ayrton Araújo (PT)e João Rocha (PSDB).

O líder do prefeito também busca apoio dos vereadores que formam o G6, formados por seis parlamentares que migraram da oposição para conduta independente.

“Quero tudo feito da forma certa. A comissão usou de dois pesos e duas medidas para o relatório”, afirma Marcos Alex. Ele se reúne amanhã com o presidente da Câmara, Mário César (PMDB), para discutir o tema.

Grazielle disse que não entende manobra, pois Prefeitura afirma estar certa.(Foto: Marcos Ermínio)

Presidente da comissão de Orçamento, a vereadora Grazielle Machado (PR) afirmou não compreender porque a base aliada quer sustar o envio do relatório ao TCE. “Se o Bernal e o [Wanderlei] Ben Hur acham que estão certo, não há o que temer”, avalia.

A vereadora vai agendar reunião com o presidente do TCE, Cícero de Souza, para entrega dos documentos. Conforme Grazielli, o relatório não pede a cassação do prefeito. Apenas, traz os diferentes posicionamentos sobre a redistribuição dos recursos.

Para a comissão, a Prefeitura fez remanejamento orçamentário sem o aval do Legislativo, prática ilegal. Já o titular da Seplanfic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle), Wanderlei Ben Hur, sempre alegou que se trata de suplementação, dentro do permitido.

Conforme vereadora, o parecer do TCE tanto pode ser contra ou favor da análise da comissão. Em caso de verificada a irregularidade, abre-se o caminho para a Câmara abrir processo de cassação do prefeito por improbidade administrativa.

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