Política

Maioria concorda em divulgar pesquisas eleitorais na véspera da votação

Atualmente, as pesquisas de intenção de votos podem ser veiculadas até o horário de início da votação

Guilherme Correia | 01/10/2021 08:35
Urna eletrônica, das últimas eleições, em MS (Foto: Paulo Francis)
Urna eletrônica, das últimas eleições, em MS (Foto: Paulo Francis)

Pesquisa aponta que a maioria, 57,7%, da população brasileira é favorável à divulgação de pesquisas eleitorais, veiculadas na véspera das eleições. Segundo o levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, 34,4% são contrários a essa veiculação, enquanto 7,9% não sabem, ou não opinaram.

Entre os grupos que se mostram mais favoráveis, destacam-se os mais jovens, de 16 a 24 anos - cerca de 64% não discordam de haver tal divulgação. Já entre as pessoas de 60 anos ou mais, o índice de aprovação reduz para 53,2%. 

Em relação à escolaridade, 56,7% dos que têm apenas o fundamental aprovam a divulgação, enquanto os de ensino superior são um pouco mais favoráveis (61,3%). Conforme os dados, moradores das regiões norte e centro-oeste (62,7%) são os que mais aprovam. No entanto, a região sudeste (55,1%) é a que tem menor índice de concordância.

Veja a proporção de respostas em relação a divulgação eleitoral (Foto: Reprodução/Paraná Pesquisas)

Legislação - Atualmente, as pesquisas podem ser divulgadas até o horário de início da votação. No entanto, proposta que tramita pelo Congresso quer criar um novo Código de Processo Eleitoral, com alterações na disputa eleitoral. A deputada Margarete Coelho (PP-PI) prevê a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais no dia e na véspera das eleições.

Em 2006, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou inconstitucional trecho de uma minirreforma eleitoral, que trazia um aspecto semelhante, o da proibição de divulgar pesquisas de intenção de voto em até 15 dias.

A pesquisa - Foram ouvidas pouco mais de 2,7 mil pessoas, acima de 16 anos, de todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal, em 228 municípios, de 23 a 27 de setembro.

A divisão de fontes consultadas considerou, estatisticamente, características de sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. Entrevistas foram feitas por meio de ligações telefônicas. De acordo com o próprio instituto, o grau de confiança é de 95%, com margem de erro aproximada em 2% para mais, ou para menos.

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