Política

Investigados em desvio de recursos públicos adotam silêncio como estratégia

Thiago de Souza e Michel Faustino | 17/11/2015 17:11
Engenheiro João Afif ignorou a imprensa na saída de depoimento ao MPE. (Gerson Walber)
Engenheiro João Afif ignorou a imprensa na saída de depoimento ao MPE. (Gerson Walber)
Fernando Cremonesi, dono da Provias, foi ouvido na condição de testemunha. (Foto: Gerson Walber)

Mais três investigados pela Operação Lama Asfáltica deixaram a sede do MPE (Ministério Público Estadual) na tarde de desta terça-feira (17).

O engenheiro João Afif, o ex-deputado estadual Beto Mariano e o diretor da Proteco, Rômulo Menossi. Ao contrário do momento em que chegaram ao órgão, os advogados dos acusados se recusaram a falar com a imprensa.

Os três investigados fazem parte de uma lista de dez pessoas intimadas pelo MPE a depor para uma força tarefa de promotores que investigam fraudes nas obras de conservação da rodovia MS-171, na região de Aquidauana, de onde foram desviados R$ 2,6 milhões.

Conforme auditoria do Governo estadual, foram pagos R$ 4,5 milhões pelo serviço numa extensão de 90 quilômetros. No entanto, os técnicos constataram que só foram cascalhados 63,2 quilômetros.

O empresário Fernando Cremonessi, dono da Próvias, chegou junto do advogado João Arnar para prestar depoimento.

Ele não é citado nas investigações e segundo a defesa veio na condição de testemunha, tirar dúvidas dos promotores sobre a participação da empresa na execução de obras na MS-171.

Ainda segundo a defesa, o contrato de prestação de serviços foi cumprido pela Próvias, na íntegra, e por parte dele não há nenhuma irregularidade.

Rômulo Menossi (esq.) é diretor da Proteco e saiu sem falar com a imprensa. (Foto: Gerson Walber)
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