Política

Investigado por incitar crime em frente ao CMO em 2022, vereador faz acordo

Sandro Benites pagará R$ 7 mil, mas deputado João Catan e ex-deputado Renan Contar continuam investigados

Por Caroline Maldonado | 18/03/2024 12:05
Vereador Sandro Benites (sem partido); deputado estadual João Henrique Catan e ex-deputado estadual Renan Contar, o "Capitão Contar". (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)
Vereador Sandro Benites (sem partido); deputado estadual João Henrique Catan e ex-deputado estadual Renan Contar, o "Capitão Contar". (Fotos: Reprodução/Redes Sociais)

Alvos de denúncia por incitação pública ao crime, o vereador Sandro Benites (sem partido), o deputado João Henrique Catan (PL) e o ex-deputado Renan Contar, o “Capitão Contar” (PRTB), passaram por audiência da Polícia Federal. Eles foram denunciados pelo deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o “Zeca do PT”, após a participação nas manifestações do acampamento que durou dois meses, no fim de 2022, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

João Henrique e Contar não quiseram negociar e seguem investigados no inquérito policial, mas Sandro aceitou acordo com o MPF (Ministério Público Federal) para pagar prestação pecuniária equivalente a R$ 7 mil e assim evitar uma ação. Ele vai pagar o valor em três parcelas. 

“Optei por virar a página e dedicar-me integralmente ao meu mandato e ao trabalho em prol de Campo Grande. Acredito que é importante concentrar nossos esforços em questões que beneficiem nossa cidade”, disse Sandro. 

Já o ex-deputado Capitão Contar afirmou que a denúncia não tem fundamento, além do que “sua vida pessoal e profissional sempre foram norteadas por princípios éticos e morais” e sempre será “defensor da ordem e do progresso, dos preceitos legais e do pleno estado democrático de direito”. 

“Não há em meus posicionamentos pessoais ou políticos qualquer ato, fala ou fato relacionado com o objeto da denúncia. Jamais incitei crime algum e por isso não vejo razões para aceitar o benefício da transação penal proposta pelo Ministério Público Federal. Minha vida segue aberta, limpa e sempre à disposição para qualquer esclarecimento”, disse Contar. 

O deputado Catan disse que não aceitou o acordo por ter certeza que se trata de “perseguição do deputado Zeca do PT por serem adversários dele e do presidente Lula”. O parlamentar informou que, sem receio, vai aguardar as próximas etapas do devido processo legal. 

"Comparecemos à Justiça Federal e, lá, foi proposto para mim e para o Capitão Contar um acordo de não persecução penal, acordo para não instaurar o processo. Mas nós, diferentemente de outras pessoas, de outros partidos que entraram na sede da Justiça Federal e saíram de lá com medo, saímos com a certeza de que queremos que o devido processo aconteça, independente de qualquer embaraço; que haja investigação e o encerramento do caso”, disse Catan. 

O deputado Zeca do PT foi procurado para comentar a manifestação do deputado Catan, mas não atendeu a ligação na manhã desta segunda-feira (18).

Manifestação - Milhares de pessoas acamparam de 31 de outubro de 2022, dia seguinte à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em frente ao CMO.  Em janeiro de 2023, o STF (Supremo Tribunal Federal) deu prazo de prazo de 24 horas para o fim dos acampamentos em frente aos quartéis no Brasil.  Os últimos manifestantes deixaram o local na segunda semana de janeiro. 

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