Ilhados, moradores do Distrito de Aguão reivindicam sinal de celular e internet

A 35 quilômetros do centro de Campo Grande, o Distrito Aguão está isolado. Sem sinal de celular e internet, moradores reclamam da dificuldade no contato com as pessoas "da cidade". A resolução desse problema foi a principal reivindicação feita aos cinco vereadores que estiveram por lá na manhã desta quarta-feira (22), na 11ª edição do projeto Câmara Comunitária.

Localizado em área rural na saída para Rochedo, em Aguão para falar ao celular é preciso ir até à margem da rodovia MS-080 e a internet não funciona há meses, desde que uma torre foi danificada por um raio. Para chegar ao distrito, é preciso desviar dos inúmeros buracos ao longo de 40 quilômetros de estrada cascalhada que não vê manutenção há tempos. Quem vive no local, afirma que o prefeito Alcides Bernal "prometeu" arrumar a estrada há cinco meses, mas nenhuma máquina foi enviada.

Tudo foi anotado pelos parlamentares, que visitaram a escola municipal Orlandina Oliveira Lima, que atende 200 alunos. As aulas aconteciam normalmente, mas uma cobertura para a quadra e renovação da pintura cairiam muito bem, segundo os professores. Além de inúmeras chácaras, o distrito inclui os assentamentos Conquista, onde vivem 67 famílias, e Sucuri, com outras 100.

A caminhada pelo distrito incluiu também a unidade de saúde, que a exemplo de outras da Capital, não conta com farmacêutico para a distribuição de medicamentos. Segundo funcionários da UBS, não faltam remédios ou médicos, porém, a falta de internet dificulta o lançamento dos atendimentos no sistema da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que demora dias e precisa ser feito de outro local.

Os vereadores que participaram da ação de hoje são: Chiquinho Telles (PSD), os peemedebistas Vandelei Cabeludo e Carla Stephanini, além dos petebistas Francisco Luis Saci e Waldecy Batista Nunes, o Chocolate.