Há 37 dias no comando da cidade, Bernal se dá nota 7 como prefeito
Há 37 dias no comando de Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal (PP) dá nota 7 para a sua administração. “Estou me esforçando muito, contando com o apoio dos colaboradores”, afirmou Bernal, durante entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena.
Neste começo de mandato, Bernal enfrenta problemas com os vereadores, adiou o pagamento dos servidores municipais do segundo para o dia quinto útil, e hoje, no começo do ano letivo, sobram reclamações sobre a falta de merendeiras e de material escolar.
Em relação à Câmara, que retoma as atividades legislativas no dia 19, a relação do Poder Executivo com os vereadores será posta à prova. Hoje, Bernal declarou que vai enviar dois projetos para serem votados. “Adequação da máquina administrativa. Para gastar menos e produzir mais. Sou oriundo do Legislativo, sei o quanto pode também ser prejudicial”, diz.
O prefeito afirma que pretende constituir maioria, confiante no interesse dos parlamentares em ajudar Campo Grande. Uma prévia do tamanho do apoio ao novo administrador municipal foi o resultado da eleição para presidente da Câmara: a candidata de Bernal perdeu por 20 votos a nove.
Sobre o risco de despejo dos vereadores, Bernal diz que a situação é uma oportunidade para mudança do imóvel. “É muito preocupante. É muito dinheiro. A Câmara pode ser contemplada com dignidade em outro local”, diz.
Primeiro escalão - Questionado se o quadro de secretários incompletos prejudica a administração, Bernal respondeu que não há problemas. “Não atrapalha e até ajuda, precisamos economizar. Campo Grande tinha um volume muito grande de pessoas nomeadas”, salienta.
Ele nega ter dificuldade para preencher o primeiro escalão e que a preferência é por profissionais com capacidade técnica. Seguem sem titular a Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio), a chefia de gabinete e o cargo de procurador-geral do município.
Sobre a Santa Casa, cujo processo de intervenção termina neste primeiro semestre, Bernal afirma que uma auditoria vai definir o e o que levou ao aumento da dívida.