Política

Governo espera que Petrobras decida sobre crise do gás até sexta-feira

Queda na arrecadação do ICMS gerou problema no setor

Mayara Bueno | 16/03/2017 10:38
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), em conversa com Michel Temer (PMDB) esta semana. (Foto: Marcos Correa / Presidência da República)
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), em conversa com Michel Temer (PMDB) esta semana. (Foto: Marcos Correa / Presidência da República)

A Petrobras dará uma resposta sobre a crise do gás em Mato Grosso do Sul até sexta-feira (17), disse nesta quinta-feira (16) o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O Estado viu a receita do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cair bastante este ano, porque a estatal reduziu a compra de gás natural produzido na Bolívia, o que resultou em uma queda inesperada da arrecadação obtida com as atividades do setor no Estado.

Nesta quinta, o governador participou de evento sobre o esporte em MS, com a prestação de contas e apresentação de novos projetos.

Esta semana, Reinaldo se reuniu com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e com o dirigente da Petrobras, Pedro Parente. O encontro serviu para o chefe do Executivo Estadual colocá-los a par da situação de Mato Grosso do Sul.

Em 2015, o recolhimento de ICMS do gás correspondia 17% a 20% do total de arrecadação com o imposto, o que resultou em R$ 1,3 bilhão e em 2016 houve perda de R$ 300 milhões.

“Estamos na luta para recompor isso. Temer ligou para o Pedro Parente na minha frente e disse que MS é um dos estados que está de pé, então que ele analise bem a situação, para não tornar o estado o 21º com dificílimas condições financeiras. Até sexta deve dar uma solução”, afirmou.

Segundo Azambuja, a mudança na política da estatal impactou o Estado, que corre o risco de perder R$ 700 milhões na arrecadação este ano. “Eles não nos comunicaram sobre a mudança, o que o Parente reconheceu. Eu acredito na sensibilidade, por isso estamos focados em resolver isso”.

Para um plenário lotado de gestores municipais, o governador voltou a falar sobre a crise, que “é real” na vida das pessoas e para o governo também. Disse que hoje pelo menos 20 estados estão em “colapso financeiro” e que o País vive a maior crise da história.

Por outro lado, acredita que a economia começou a dar sinais da retomada de crescimento e que a geração de empregos voltou a subir.

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