Política

Governo encaminha para Assembleia mudanças na Previdência

Texto passou pela CCJR nesta quarta-feira (11) e começa a tramitar nas comissões de mérito

Gabriela Couto | 11/08/2021 12:13
CCJR desta quarta-feira deu parecer favorável para projeto do Poder Executivo na Assembleia Legislativa. (Foto: Luciana Nassar)
CCJR desta quarta-feira deu parecer favorável para projeto do Poder Executivo na Assembleia Legislativa. (Foto: Luciana Nassar)

A CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa deu parecer favorável ao projeto de lei 210/2021 do Poder Executivo que altera e acrescenta mudanças no Estatuto dos servidores do Estado.

A proposta quer incorporar o rol das doenças graves, contagiosas ou incuráveis a Previdência do funcionalismo, alegando ser assunto de natureza delicada, que envolve restrição de direitos do servidor público estadual.

Também pode ser alterada as férias dos 79 mil servidores. Se aprovado, o projeto haverá a possibilidade de parcelamento do direito trabalhista de descanso, como ocorre com servidores públicos da União.

Outro ponto de destaque no texto, é a possibilidade de durante a licença para trato de interesse particular, o servidor continuar com o vínculo ao regime da previdência social do Estado, condicionado ao recolhimento mensal da sua contribuição acrescido do valor correspondente a cota patronal.

O texto ainda disciplina a concessão do afastamento em um dos turnos para servidores de carga horária de no mínimo 36h semanais, cujo cônjuge, filho ou dependente, seja pessoa com deficiência, comprovada em laudo médico e necessite de assistência direta do funcionário do Estado. Até então, apenas a servidora mãe tem esse direito. 

Outra alteração é a possibilidade de preencher os documentos e no prazo de 90 dias de protocolo de pedido de aposentadoria, aguardar o ato afastado de suas funções. Isso já é permitido aos profissionais da Educação Básica do Estado. 

O objetivo é unificar procedimentos administrativos sobre o tema e evitar que os demais servidores sejam forçados a trabalhar até a publicação da aposentadoria, o que, inclusive, tem causado elevada judicialização de casos.

Para dar clareza a contagem do prazo, o nome do servidor será publicado em edital. Os prazos também poderão ser suspensos, se comprovar ressalvas de natureza urgente ou necessárias à preservação de direitos, como ocorreu durante a pandemia da covid-19.

Na CCJR, o relator do texto, deputado estadual Eduardo Rocha (MDB) ainda acolheu a emenda modificativa do deputado Renana Contar (PSL), que se limitou a corrigir erro redacional do projeto enviado pelo Poder Executiva. A proposta agora segue para as comissões de mérito da Casa de Leis e depois vai ao Plenário para votação.

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