Política

Fábio Trad propõe audiência pública para discutir violência na fronteira

Paula Maciulevicius | 25/06/2013 08:02

A pedido do deputado federal Fábio Trad (PMDB), a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados promove audiência pública para debater a violência na fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia. A realização da audiência partiu da solicitação do movimento Mães da Fronteira, criado por Lilian Silvestrini e Ângela Fernandes, mães dos estudantes Luigi Silvestrini de Araújo e Leonardo Batista Fernandes, mortos em agosto do ano passado por bandidos que tentavam levar o veículo em que eles estavam para a Bolívia, em troca de três quilos de cocaína.

A violência na fronteira reflete diretamente no Estado, que tem 753 quilômetros de fronteira seca com os dois países, usados como corredor do tráfico de drogas e do roubo de veículos.

Segundo o deputado Fábio Trad, a audiência deve contar com a participação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; da diretora geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, inspetora Maria Alice Nascimento de Souza; do superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Paulo Marcon; da defensora pública Edna Regina Batista da Cunha, titular da 6ª Defensoria Pública da 2ª Instância: do juiz federal, Odilon de Oliveira, além de familiares dos jovens, que já têm agendada uma audiência com o ministro da Justiça no próximo dia 29 de agosto.

O grupo Mães da Fronteira defende um reforço na fiscalização das fronteiras, se possível com a criação de uma força policial. “Queremos que todos os carros que atravessem as fronteiras sejam fiscalizados, vistoriados, se isso for feito, não passará mais drogas e armas de nenhum lado, e consequentemente vamos salvar vidas”, acredita a mãe de Breno, Lilian SIlvestrini.

O deputado Fábio Trad considera importante a audiência para sensibilizar o Governo Federal e a sociedade para a necessidade de reforçar a segurança na região fronteiriça. “A audiência será uma oportunidade para o ministro e os parlamentares conhecerem casos como os que deram origem à criação do grupo Mães da Fronteira. Para o movimento também será vital porque garante visibilidade ao seu justo anseio”.

O ministro José Eduardo Cardozo chegou a anunciar a criação de um corpo permanente de polícia nas fronteiras, mas reconheceu que a fixação de policiais nestas áreas é uma tarefa difícil. Segundo o ministro, o custo alto e a dificuldade de moradia e de os policiais visitarem os parentes são fatores que contribuem para a rotatividade do efetivo nesses locais.

Nos siga no Google Notícias