Política

Estreantes no Congresso divergem sobre aumento salarial

Redação | 10/11/2010 16:15

A possibilidade de aumento dos salários dos deputados, senadores e da presidente Dilma Rousseff (PT) não é uma unanimidade entre os estreantes de Mato Grosso do Sul no Congresso.

O deputado federal eleito Fábio Trad (PMDB) diz que é contra o aumento. Outro estreante na Câmara dos Deputados, Reinaldo Azambuja (PSDB) é a favor.

Azambuja, que hoje é deputado estadual, diz que é uma discussão que tem que ser feita em razão das perdas com a inflação.

Há três anos os salários não são reajustados. A inflação no período foi de 17,8%.

Deputados e senadores recebem R$ 16,5 mil, além de uma série de benefícios, como auxílio moradia e cotas para despesas com passagens aéreas e telefonia.

O reajuste dos salários dos deputados federais provoca efeito cascata no Poder Legislativo de todo o país porque os limites das remunerações dos parlamentares estaduais e vereadores estão vinculados à dos colegas do Congresso.

Pela Constituição, o deputado estadual pode receber até 75% do salário do parlamentar federal. Já os vereadores recebem entre 20% e 75% dos salários pagos na Assembleia Legislativa.

"Cada Casa Legislativa tem seu orçamento e tem que saber se tem condições ou não de aumentar os salários", argumenta Azambuja.

Já o ex-presidente da OAB-MS (seccional da Ordem dos Advogados do Brasil) Fábio Trad não vê necessidade de aumentar o salário que irá receber a partir do próximo ano.

"Sou contra o aumento porque temos (a Câmara dos Deputados) que dar o exemplo de contenção de despesas, para investir no que de fato precisa", afirmou.

Desde ontem o Campo Grande News tenta falar com os outros dois estreantes no Congresso Nacional por Mato Grosso do Sul, Edson Giroto (PR) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), mas eles não atenderam as ligações.

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