Política

Esposas de deputados poderão utilizar cota de passagens aéras da Câmara Federal

Além de Mandetta, outros dois integrantes da Mesa Diretora votaram contra

Juliene Katayama | 25/02/2015 16:22
Mandetta votou contra a medida (Foto: Arquivo)
Mandetta votou contra a medida (Foto: Arquivo)

A partir de agora, mulheres e maridos de deputados federais poderão utilizar a cota de passagens aéreas da Câmara dos Deputados. A Mesa Diretora deliberou nesta quarta-feira (25) e liberou o uso do dinheiro público para transportar os cônjujes dos parlamentares entre suas cidades de origem e Brasília.

Segundo o Congresso em Foco, a liberação da verba para familiares foi reivindicada por um grupo de esposas de deputados durante a campanha de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à reeleição. O peemedebista tomou conhecimento em encontro promovido pela ex-deputada Nilda Gondim (PMDB-PB), em João Pessoa.

Apenas três integrantes da Mesa Diretora votaram contra a mudança nas regras: Luiza Erundina (PSB-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Luis Henrique Mandetta (DEM-MS).

Desde 2009, foi proibido o uso de passagens aéreas por conta da Casa de Lei para acabar com a chamada farra das passagens aéreas. Agora, as despesas serão bancadas pelos cofres públicos para honrar o compromisso de Eduardo Cunha.

O peemedebista alega que o impacto será nulo, porque não haverá aumento no valor do benefício, que varia de Estado para Estado. Mas parlamentares que não utilizam toda a verba a que tem direito ao longo de um mês poderão utilizar as sobras com o transporte do cônjuge.

Dados - Na última legislatura, finalizado em janeiro de 2015, a Câmara gastou mais de R$ 130 milhões com as passagens aéreas dos deputados por meio da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), o chamado cotão.

As despesas com passagens aéreas compõem o segundo maior gasto do cotão, atrás apenas da divulgação do mandato, que consumiu mais de R$ 135 milhões. Nos últimos quatro anos, a Ceap sugou mais de R$ 671 milhões.

 

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