Política

Empresários cobram menos promessas em revitalização de rodoviária

Kleber Clajus | 10/03/2015 14:49
Câmara teve sessão realizada no prédio que ainda aguarda retomada de uso de áreas pertencentes a Prefeitura (Foto: Marcos Ermínio)
Câmara teve sessão realizada no prédio que ainda aguarda retomada de uso de áreas pertencentes a Prefeitura (Foto: Marcos Ermínio)
Lidia Ramona (à direita) pede mais segurança para continuar investindo em sua empresa de confecções (Foto: Kleber Clajus)

A revitalização da antiga rodoviária voltou a ser cobrada por empresários, nesta terça-feira (10), durante sessão itinerante da Câmara Municipal de Campo Grande. Eles pediram que a Prefeitura volte a utilizar os 9% do prédio sob sua responsabilidade.

Heloisa Cury, presidente da Associação dos Lojistas do Centro Comercial do Oeste, disse que o momento é de deixar a fase de reuniões e valorizar as pessoas que investem no local, hoje relegado ao abandono com usuários de drogas e pontos de prostituição.

O imóvel deixou de ser utilizado como rodoviária em 2010 e, desde então, promessas de revitalização foram apresentadas para converter a área em central de fábricas de roupas, um novo camelódromo, estação para receber vans e a transferência, praça de alimentação e sede de órgãos públicos.

Mario Cesar (PMDB), presidente da Casa de Leis, pontuou que o uso para órgãos públicos pode reduzir gastos com aluguel de imóveis, como ocorre com a Fundac (Fundação Municipal de Cultura).

Posicionamento semelhante já foi adotado pelos vereadores Luiza Ribeiro (PPS) e Eduardo Romero (PTdoB). Ambos são favoráveis ao uso do potencial do prédio com seus cinemas para desenvolvimento de projetos culturais e qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho.

Em contrapartida, tudo o que a cabeleireira Benedita Viana quer é o retorno das pessoas ao salão que possui há 14 anos. Já a empresária do ramo de confecções Lidia Ramona cobra mais segurança contra usuários de drogas para poder ampliar o negócio que trouxe de Terenos a pouco mais de um ano.

“Queremos trabalhar com dignidade e que essa novela termine. A palavra de ordem é definir o que a prefeitura vai fazer”, resumiu Rosane Lima, administradora do condomínio.

Na semana passada, o Campo Grande News publicou especial sobre o antigo terminal rodoviário onde poucos empresários ainda resistem em abrir as portas. O consenso em torno de uma solução para o emblemático imóvel se resume a revitalização do prédio e de seu entorno.

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