Política

Empresa quebra contrato com HU por falta de pagamento e maqueiros ficam na "rua"

Jéssica Benitez | 18/07/2013 12:28
Sem receber desde janeiro, empresa quebra contrato com HU (Foto: Cleber Gellio)
Sem receber desde janeiro, empresa quebra contrato com HU (Foto: Cleber Gellio)

A empresa Liderança, que terceiriza maqueiros ao Hospital Universitário, quebrou contrato com a unidade hospitalar por não receber pagamento desde janeiro deste ano, ocasionado demissão de todos os funcionários que prestam serviço no HU. O serviço era prestado desde 2010.

Segundo o coordenador de contratos da companhia, que tem sede em Curitiba, Osvalcir Feliciano, a justificativa para o “calote” é a investigação do suposto esquema de desvio de verba do SUS (Sistema Único de Saúde) em tratamento oncológico nos hospitais públicos de Campo Grande.

“Eles disseram que a Policia Federal está investigando o hospital e, por isso, eles não estão conseguindo efetuar os pagamentos, então não tem como dar continuidade ao trabalho e como não tem postos suficiente para transferir os funcionários, teremos que demiti-los”, explicou sem saber enumerar quantas pessoas ficarão sem emprego.

Segundo assessoria de comunicação do HU a situação procede. A dívida não foi quitada porque enquanto a investigação continuar as contas do hospital ficarão bloqueadas. A direção afirma que tentou negociar o parcelamento da dívida, mas a Liderança exigiu que o valor, não revelado, fosse debitado integralmente. Para não parar o serviço, uma nova empresa, que inda será definida por meio de processo licitatório, começará no dia 1° de agosto.

Para preservar o trabalho dos maqueiros, o hospital pediu que a nova companhia mantivesse os funcionários. No entanto, um deles, que preferiu não se identificar, disse ao Campo Grande News que já está cumprindo aviso prévio. Tanto a Liderança, quando o HU souberam responder quantos trabalhadores são.

Investigação - O ex-diretor do HU, José Carlos Dorsa, está sendo investigado pelo suposto sucateamento do setor de radioterapia do hospital por meio da operação “Sangue Frio” da Polícia Federal e MPE (Ministério Público do Estado). Duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito), na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa, também apuram o caso. Além do Universitário, estão na investigação o Hospital Regional Rosa Pedrossian, Santa Casa e Hospital do Câncer.

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