Política

Em 'saia justa', deputado faz mistério sobre voto no impeachment

Leonardo Rocha | 15/04/2016 10:58
Dagoberto participa de reuniões em Brasília nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)
Dagoberto participa de reuniões em Brasília nesta sexta-feira (Foto: Divulgação)

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) está fazendo mistério sobre seu voto no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), apesar de o PDT ter divulgado que vai se colocar contra. O parlamentar está participando de reuniões em Brasília e sequer foi para o plenário da Câmara dos Deputados, onde já começou as discussões sobre o processo.

Apesar do partido ter se posicionado contra o impeachment, em Mato Grosso do Sul teve protestos e a exoneração de indicado do PDT, em cargo federal. Este cenário coloca o parlamentar em saia justa, podendo gerar indefinição no seu voto.

A assessoria de Dagoberto informou que ele não vai se manifestar sobre o assunto, nesta sexta-feira (15), gerando especulação sobre uma eventual mudança ou indefinição. Em Mato Grosso do Sul, o movimento pró-impeachment, Reaja Brasil, realizou uma manifestação ontem (14), para tentar convencer o pedetista a votar a favor do impeachment.

Eles levaram faixas, cartazes e até megafones para frente do diretório estadual do PDT, lembrando o parlamentar que o seu mandato é de Mato Grosso do Sul e que a maioria a população é a favor da saída da presidente. Os integrantes dizem que querem “conscientizar” o deputado, para que ele possa “honrar os votos que teve na última eleição”.

Além deste protesto, outro assunto que gerou polêmica ontem (14), foi a exoneração de Yves Drosghic, indicado do PDT, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul. De acordo com as lideranças do partido, não foi algo combinado e gerou surpresa esta ação do Governo Federal. “Estou tão surpreso. Queria saber o porque. Estamos com a presidente Dilma e o que ganhamos é a exoneração”, disse Yves.

Para o deputado estadual George Takimoto (PDT), vice presidente estadual, esta demissão não deve influenciar o voto de Dagoberto, que segundo ele, tende a seguir a decisão nacional do PDT. No entanto, também não descarta uma reavaliação do partido sobre o impeachment até domingo (17), já que muitos aliados estão deixando os cargos e saindo da base.

Votação - A bancada federal de Mato Grosso do Sul, composta por oito deputados, deve ser a sétima a votar no processo de impeachment da presidente Dilma Roussef (PT), no próximo domingo (17). Pela ordem, o primeiro a votar é o deputado Carlos Marun (PMDB), seguido dos deputados: Dagoberto Nogueira (PDT), Elizeu Dionizio (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, Luiz Henrique Mandetta (DEM), Tereza Cristina (PSB) e Vander Loubet (PT).

Neste momento cinco deputados são a favor do impeachment: Tereza Cristina, Mandetta, Marun, Elizeu Dionísio e Geraldo Resende. Dois são contra: Zeca do PT e Vander Loubet, restando uma declaração e decisão final de Dagoberto.

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