Política

Em reunião, PT discute como defender governo Dilma em MS

Ricardo Campos Jr. e Ângela Kempfer | 21/03/2015 14:07
Reunião do PT na manhã deste sábado no diretório regional do partido (Foto: Marcos Ermínio)
Reunião do PT na manhã deste sábado no diretório regional do partido (Foto: Marcos Ermínio)
Secretário nacional de assuntos institucionais do partido participou do encontro (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de uma das maiores manifestações populares já realizadas em Campo Grande, com mais de 30 mil pessoas na Avenida Afonso Pena no último domingo, o diretório Regional do PT em Mato Grosso do Sul resolveu definir estratégias para partir para defesa do governo Dilma Roussef aqui no Estado.

Em reunião realizada ontem à noite e na manhã deste sábado, membros do partido discutiram, entre outras coisas, formas de fortalecer o Governo Federal diante das críticas, que chegaram ao extremo pedido de impeachment da presidente.

O encontro teve a presença do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), secretário nacional de assuntos institucionais do partido; o presidente da executiva regional, Paulo Duarte; o deputado federal Zeca do PT; os deputados estaduais João Grandão e Amarildo Cruz, além da vereadora Thaís Helena.

“Há uma campanha sistemática contra nós. Quando acabaram as eleições, eu acho que o PT, por não ter mais programas de televisão, não ter mais inserções, de fato desmobilizou um pouco sua base social. A oposição mudou seu padrão de organização e continuou fazendo ofensiva. Isso levou ao aumento de uma crise política”, disse Lopes ao Campo Grande News.

A respeito dos protestos, ele afirma que foram várias as reivindicações da população. Para o deputado federal, a minoria levanta a bandeira de intervenção militar, guiados por lideranças oposicionistas, querendo, segundo ele, “impor uma pauta fascista, uma pauta golpista, da volta da ditadura contra a legalidade da eleição da presidente Dilma”, relata.

No entanto, a maioria dos manifestantes marchou contra a corrupção. “Com esse setor que quer melhorias, nós lançamos o pacote anticorrupção”, comenta. Na opinião dele o que ocorre com o atual governo é que as políticas de apuração da corrupção acabam escancarando os esquemas ilegais, enquanto em governos anteriores, os crimes eram “empurrados para baixo do tapete”, passando a falsa ideia de uma administração incólume.

“É meio fascista alguém acreditar que se tirar o PT, tirar a Dilma, acabará a corrupção. Se tirar o PT, tirar a Dilma, o que não vão tirar, porque senão seria golpe e a sociedade não aceita mais golpe, seria apenas acabar com a apuração da corrupção”, afirma.

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