Política

Em retorno ao gabinete, Olarte troca cadeira ocupada por Bernal

Kleber Clajus | 19/05/2014 12:57
Olarte afirmou que troca é simbólica e tem objetivo de trazer um "novo tempo" (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)
Olarte afirmou que troca é simbólica e tem objetivo de trazer um "novo tempo" (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)
Bernal e vereadores utilizaram cadeira em comemoração a liminar, revertida horas depois pelo TJMS (Foto: Cleber Gellio / Arquivo)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), solicitou a troca da cadeira que utiliza para despachar no gabinete, após ocupação do espaço pelo ex-prefeito Alcides Bernal na quinta-feira (15). A medida, de acordo com o progressista, é simbólica e tem por objetivo refletir “um novo tempo, uma nova era para a gestão”.

“Não retornei a minha sala ainda, mas tomei providências. A cadeira que lá estava era antiga e eu entendi que, depois desse aviltamento ao nosso gabinete, era simbólico trocarmos”, disse Olarte, durante agenda pública.

Hoje o prefeito foi notificado oficialmente de liminar concedida na ação popular de vereadores de oposição contra o Decreto Legislativo 1759/2014, que determinou a cassação de Bernal em 12 de março. O ato foi acompanhado pelo secretário Municipal de Governo e Relações Institucionais, Rodrigo Pimentel, e de Administração, Valtemir de Brito.

O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, acatou o pedido e concedeu liminar na quinta-feira, por volta das 16h30. Contudo, oito horas depois, a decisão foi revertida em despacho do desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Vladimir Abreu da Silva.

Durante o período de validade da liminar, assessores de Bernal aproveitaram para trocar fechaduras do gabinete do prefeito e secretarias, bem como agredir e revistar servidores. Documentos e computadores também teriam sido furtados, conforme investigação policial.

Bernal negou que tenham ocorrido atos de vandalismo, mas justificou a troca de fechaduras para que ninguém “voltasse durante a madrugada para tentar apagar seus rastros”. Ele também acusou os próprios servidores sobre o sumiço de documentos e equipamentos públicos.

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