Política

Em discurso com gafe, Dilma diz que Casa da Mulher é exemplo para o País

Aline dos Santos e Juliene Katayama | 03/02/2015 12:23
Dilma chamou Azambuja de prefeito e fez graça: “Isso que dá sair sem óculos”. (Foto: Marcos Ermínio)
Dilma chamou Azambuja de prefeito e fez graça: “Isso que dá sair sem óculos”. (Foto: Marcos Ermínio)
“A violência atinge mais da metade das mulheres. Isso explica porque os três governos estão aqui e a cooperação dos poderes" (Foto: Marcos Ermínio)
"Aqui vai ser a oportunidade de mostrar para o resto do País o exemplo, que não será reconhecido como campeão com a pior prática contra as mulheres" (Foto: Marcos Ermínio)
“Combater a violência é reconhecer o papel da mulher dentro da família para construir a sociedade mais digna”, afirmou (Foto: Marcos Ermínio)

Homenagem, gafe e dados sobre o aparato do governo para atender as mulheres marcaram o discurso da presidente Dilma Rousseff (PT), que inaugurou hoje em Campo Grande a Casa da Mulher Brasileira. Para ela, Mato Grosso do Sul pode ser a oportunidade de mudança.

Ao lado de Maria da Penha Maia Fernandes, que dá nome à lei que protege vítimas de violência, a presidente afirmou que a trajetória da convidada transformou agressão em proposta de vida.

“A violência atinge mais da metade das mulheres. Isso explica porque os três governos estão aqui e a cooperação dos poderes. Os índices de violência são fortes e os índices de estupros são expressivos. Aqui vai ser a oportunidade de mostrar para o resto do País o exemplo, que não será reconhecido como campeão com a pior prática contra as mulheres. Aqui concretizamos os investimentos que vão estar em todos os Estados”, afirmou Dilma.

Ainda sobre Mato Grosso do Sul, a presidente citou que dois centros de atendimento à mulher serão construídos em Corumbá e Ponta Porã, que fazem fronteira com Bolívia e Paraguai, respectivamente. Ao todo, serão mais sete centros no Brasil, que se somarão aos três já em atividade.

Dilma destacou o papel do disque 180, que aproximou a mulher da denúncia. “Combater a violência é reconhecer o papel da mulher dentro da família para construir a sociedade mais digna”, afirmou.

A presidente destacou que 56% das mulheres recebem Bolsa Família. Contudo, procuram mudar de vida e correspondem a 58% dos matriculados no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Além do programa de estudo, a presidente citou o “Minha Casa, Minha Vida”, outro carro-chefe na campanha de reeleição.

“São dois milhões de moradias, 1,7 milhão construídas e até 2018 mais três milhões. O programa protege a família, proporciona namoro, noivado, casamento e a vida íntima que todos têm direito, além de dar titularidade à mulher”, afirmou.

Gafe e elogio – Logo no começo do discurso, Dilma se confundiu e chamou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) de prefeito. Em seguida, admitiu a gafe e fez graça. “Isso que dá sair sem óculos”. A presidente elogiou Cármen Lúcia, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) que veio na comitiva presidencial. “É a mulher e ministra mais importante do País e comprometida com a pauta das mulheres”, disse.

Inauguração - O prédio custou R$ 7,937 milhões ao governo federal. Além disto, a União vai repassar R$ 9,5 milhões para manutenção da unidade pelos próximos dois anos. A administração ficará com a Prefeitura de Campo Grande.

A Casa da Mulher Brasileira contará com a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que, finalmente, terá atendimento 24 horas. No mesmo local, as vítimas terão acesso a juizado, defensoria, promotoria, equipes dedicadas ao trabalho psicossocial, ações voltadas à orientação para emprego e renda, brinquedoteca e área de convivência. O prédio fica localizado na rua Brasília, sem número, Jardim Imá.

O programa protege a família, proporciona namoro, noivado, casamento e a vida íntima que todos têm direito, além de dar titularidade à mulher” (Foto: Marcos Ermínio)
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