Política

Em carta, André confirma que não disputará Prefeitura de Campo Grande

"Não me considero 'salvador da pátria', escreveu o ex-governador

João Humberto | 11/07/2016 14:50
André Puccinelli ao chegar para reunião do partido, na tarde desta segunda (Foto: Michel Faustino)
André Puccinelli ao chegar para reunião do partido, na tarde desta segunda (Foto: Michel Faustino)

Por meio de carta divulgada nesta tarde, o ex-governador André Puccinelli confirma que não vai disputar a prefeitura de Campo Grande pelo PMDB nas eleições deste ano. Considerado por muitos eleitores “o único capaz de salvar a Capital”, ele agradece a bondade e generosidade da população, mas reitera, de acordo com trecho do documento, que “não me considero ‘salvador da pátria’”.

André começa a carta dizendo estar honrado com os sucessivos e insistentes pedidos do PMDB para que revisasse sua decisão de não se candidatar à prefeitura de Campo Grande. No entanto, depois de ouvir novamente a família, ponderar aos apelos de companheiros, inclusive de outros municípios, e avaliar com serenidade o pedido, mantém a decisão de não disputar o comando do Executivo Municipal.

André Puccinelli diz em carta que não se considera 'salvador da pátria' e que libera o PMDB para fazer a melhor escolha (Foto: Divulgação)

Puccinelli afirma que a decisão já tomada e anunciada oficialmente em março tem sim o peso decisivo de sua família. A partir daí, surgiram articulações que apontaram o nome do deputado estadual Marcio Fernandes, depois de também terem declinado de candidaturas os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, além do deputado federal Carlos Marun, de acordo com trecho da carta.

O ex-governador e ex-prefeito de Campo Grande informou na carta que PR, PSB e outros partidos trabalhavam junto com o PMDB para formar chapa comum de prefeito e vice. Ao lado do presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, e com respaldo da deputada federal Teresa Cristina, do PSB, “buscamos definição entre Marcio Fernandes e Teresa que, no entanto declinaram das candidaturas, levando o PR e, posteriormente o PSB, a debandarem”.

O PMDB, de acordo com André, voltou a insistir para que ele ponderasse a possibilidade de se candidatar a prefeito, fixando o prazo de 30 de maio para resposta. Ele concordou em retomar as consultas, mas elas continuavam apontando a decisão inicial. “O partido insistiu e estendeu o prazo para 15 de julho, mas nada mudou”, esclarece Puccinelli na carta.

Ele explica que, mesmo não enfrentando qualquer impedimento legal ou jurídico e mesmo com as pesquisas indicando quadro favorável para sua candidatura, inclusive no 1º turno, realmente não será candidato e com isso libera o PMDB para escolher o melhor caminho nestas eleições, consultando é claro todas as lideranças.

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