Política

Em ano de eleição, qualquer declaração está gerando debate na Assembleia

Wendell Reis | 09/02/2012 15:28

Por mais que os deputados falem que não vão levar as disputas eleitorais dos municípios para a Assembleia Legislativa, as reações para qualquer declaração na Casa ficam bastante explosivas em ano de eleição. Nestes casos, uma simples declaração pode gerar imensos conflitos.

Nesta quinta-feira (9) o deputado Márcio Monteiro (PSDB) declarou que o PMDB está preocupado porque pode enfrentar um partido forte em Campo Grande e ainda não tem nem candidato. A declaração do deputado Márcio Monteiro referia-se a um comentário feito por Junior Mochi (PMDB), de que não acreditava que o PSDB teria candidatura em Campo Grande.

Junior Mochi, por sua vez, disse que o partido não escolheu candidato porque é bem avaliado e, por isso, tem bons nomes, precisando de pesquisa para escolher quem merece apoio. Para corrigir o equívoco, o deputado explicou que ainda acreditava em uma composição entre o PSDB e o PMDB em Campo Grande, o que anularia a candidatura do então aliado.

O presidente estadual e pré-candidato do PSDB a prefeitura de Campo Grande, Reinaldo Azambuja, foi o primeiro entre os aliados a declarar que não aceitaria o critério de pesquisas do PMDB. Azambuja acredita que Edson Giroto (PMDB) tem preferência no grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Já o PMDB realiza as últimas pesquisas para escolher entre Paulo Siufi (PMDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Edson Giroto.

Além das confusões por uma ou outra declaração, já é possível observar que os debates eleitorais tendem a se focar na Capital. Na sessão desta quinta-feira (9), o líder do PT na Assembleia Legislativa, deputado Pedro Kemp (PT) criticou as obras de contenção de chuva da Prefeitura e disse que vai solicitar uma investigação do Governo Federal sobre a aplicação dos recursos. O discurso de Kemp é próximo ao do ex-governador Zeca do PT que, recentemente, ao comentar investigações sobre desvios do Fundersul-Combustível no seu governo, de 1999 a 2005, declarou que a imprensa precisava investigar as obras de Campo Grande.

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