Política

Dono da JaGás diz que contrato emergencial foi encerrado por telefone

Kleber Clajus | 13/11/2013 12:28
Elton Crestani solicitou cópia de rescisão do contrato emergencial à Processante (Foto: Cleber Gellio)
Elton Crestani solicitou cópia de rescisão do contrato emergencial à Processante (Foto: Cleber Gellio)

O dono da JaGás, Elton Luiz Crestani, admitiu, em depoimento, hoje, à Comissão Processante da Câmara Municipal, que a empresa teve contrato emergencial com a Prefeitura de Campo Grande encerrado por telefone. Ele foi o segundo a depor no processo que visa confirmar denúncia de irregularidade em atos do prefeito Alcides Bernal (PP).

“Quando foi contratada a Mic Mar, alguém me ligou e disse que não era mais para eu fornecer”, contou Elton, que cobrou da comissão uma cópia da rescisão do contrato.

De acordo com o relator da Processante, vereador Flávio César (PT do B), não foi encontrado ao menos a publicação no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) do contrato emergencial da empresa, celebrado no dia 18 de março.

Emergencial - JaGás e Mic Mar disputaram o pregão presencial 001/2013, do qual a segunda foi declarada vencedora no dia 14 de março ao apresentar o menor valor, R$ 881,6 mil. No contrato estava previsto o fornecimento de aproximadamente 10 mil botijões de gás de 13 kg e 5,4 mil botijões de 45 kg.

“A empresa vencedora entrou com preço impraticável”, comentou Elton que entrou com recurso, o que resultou na paralisação do processo licitatório.

Com o valor questionado, a prefeitura decidiu contratar emergencialmente a JaGás para fornecer 9 mil botijões de gás de cozinha de 13 quilos e 5,4 mil de 45 quilos para a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), no valor total de R$ 101.977,00.

Advogado de Bernal, Jesus Sobrinho, ressaltou que os preços apresentados pelo JaGás em ambos os processos divergiram por se tratar de “procedimentos diferentes”. Isso porque no pregão a empresa apresentou, por exemplo, valor de R$ 34,40 para botijões de 13kg e R$ 38 na contratação emergencial.

“Cada um tem seus custos”, justificou Elton ao citar que o valor de mercado na época era de R$ 50.

Empresa – Sobre a sede da empresa, o dono da JaGás demonstrou desconhecer o próprio endereço. “Rua Estevão de Mendonça, 508, pode ser?”, disse a Processante. Ele ressalvou que a empresa existe há 10 anos e o contrato emergencial foi o primeiro a ser firmado com a prefeitura.

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