Política

Dom Dimas alerta sobre clima tenso após eleição que pode travar o País

Leonardo Rocha e Elverson Cardozo | 02/11/2014 10:40
Dom Dimas afirmou que população precisa aceitar resultado das urnas, para não travar o país (Foto: Elverson Cardoso)
Dom Dimas afirmou que população precisa aceitar resultado das urnas, para não travar o país (Foto: Elverson Cardoso)
Dom Dimas realizou missa no cemitério Memorial Park, em celebração ao dia de Finados (Foto: Elverson Cardoso)

O arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, pediu cuidado à população e aos políticos, sobre o clima tenso que se instaurou após as eleições, em função da disputa acirrada pelo comando do País. Na avaliação dele, esse tipo de confronto não pode continuar porque existe o risco de atrapalhar o futuro do Brasil.

"Eu sinto que ainda se vive este clima, ou seja, os ânimos estão apaixonados, ainda não se acalmaram. Mas isto não pode se prolongar, sob o risco de travar o País, o resultado das urnas tem que ser aceito", afirmou o arcebispo.

Ele lembra que esta foi a eleição o mais acirrada das últimas décadas e que durante a campanha, os candidatos colaboraram fazendo ataques, sem a preocupação de apresentar propostas, acabaram incentivando o ódio.

Dom Dimas espera que a consciência política, que envolveu muita gente, não aconteça apenas no período eleitoral e que a população possa acompanhar o que os políticos estão fazendo, já que vivemos em uma democracia representativa. Ele ainda espera que os políticos possam ser humildes, "reconheçam as críticas e estejam abertos ao diálogo."

Finados - O arcebispo de Campo Grande concedeu esta entrevista durante a celebração do Dia de Finados, depois de missa na Capela do Memorial Park, que faz parte da programação do cemitério.

Dom Dimas ressaltou que neste Dia  de Finados é preciso fazer uma reflexão sobre a "finitude" do ser humano. "Não sabemos nem o dia e nem a hora (morte), é importante estarmos preparados".

Ele explicou que para os cristãos, o Dia de Finados representa que chegou o "fim da finidade e não ao fim de destruição", pois segundo o arcebispo, para quem tem fé no ressuscitado, a morte não tem a palavra final, pois esta pertence a Deus.

No cemitério, a dona de casa, Maria Juraci da Conceição, de 62 anos, contou que estava visitando o túmulo da mãe, que faleceu há 17 anos, assim como do cunhado que morreu ano passado. Ela ressaltou que sempre tem a tradição de ir até o local, neste dia especial, e que em alguns vezes visita o túmulo do marido, em Nioaque.

"Sempre uma emoção muito grande, parece que foi hoje que eles faleceram", confidenciou. A dona de casa estava perdida na hora de localizar os túmulos, mas existia uma equipe da Pax Real, fazendo a orientação, em um espaço do cemitério.

Já a dona de casa, Mafalda Centurião Carneiro, 58, relatou que foi visitar o túmulo da mãe, que faleceu há um ano, com 79 anos. Ela contou que a visitava todos os dias, e que este sempre é um dia triste.

"Muitas saudades, momento difícil, muito tristeza também, não tem como explicar, só temos a certeza que na vida todo mundo vai passar por isto", disse ela, que deixou flores e fez orações no local.

Atividades - O cemitério Memorial Park disponibilizou uma programação a quem for no local, além da missa com o arcebispo Dom Dimas, segue outras atrações até às 17h. Entre elas, apresentações do Coral da Polícia Militar, Orquestra Mirim de Violeiros, às 15h30, e antes a apresentação do Balé Cia Mudar, às 14h30.

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